Associação Desportiva São Caetano

O clube já figurou entre os grandes do futebol sul-americano. Disputou a Copa Libertadores em 2001, 2002 – quando foi vice campeão – e 2004.

Ficha do Clube

Escudo do São CaetanoAssociação Desportiva São Caetano
Fundado em 04 de dezembro de 1989
Endereço: Av. Fernando Simonsen, 190 – Bairro São José – São Caetano do Sul (SP)
Site oficial: www.adsaocaetano.com.br (não funciona)

O Início

Um grupo de pessoas ligadas ao esporte de São Caetano do Sul, liderado pela família Tortorello, resolve reerguer o futebol na cidade, que já havia passado por boas fases com o São Caetano Esporte Clube (anos 30), a Associação Atlética São Bento (anos 50) e o Saad Esporte Clube (anos 70), todos ex- integrantes da elite do futebol paulista.

Primeiro, o grupo utilizou o nome da Sociedade Esportiva Recreativa União Jabaquara, clube de São Caetano que atendia à principal exigência da FPF (Federação Paulista de Futebol): ter disputado campeonatos nos últimos três anos. Uma vez filiado, o nome mudou para Associação Desportiva São Caetano.

As cores azul e branco foram adotadas devido à bandeira da cidade. O escudo do São Caetano foi desenhado por Waldemar Zambrana. O time entrou em campo pela primeira vez em jogos oficiais no dia 18 de março de 1990, pela Terceira Divisão do Campeonato Paulista, empatando com o Comercial de Registro em 1 a 1. O atacante Taloni foi o autor do primeiro gol oficial da história do São Caetano.

Acesso e conquistas
Já no ano seguinte, após apenas dois anos de sua fundação, a equipe foi campeã estadual da Terceira Divisão. Com isso, ganhou destaque e conquistou a simpatia da população da cidade. No ano seguinte, conquistou o acesso à Segunda Divisão, atual Série A2, onde permaneceu até 2000, quando garantiu acesso à elite.

No mesmo ano, foi criada a Copa João Havelange, competição nacional dividida em dois módulos: verde, com times da Primeira Divisão, e amarelo, com times da Segunda Divisão, que, na fase final, se enfrentaram no sistema de mata-mata. Após eliminar Fluminense, Palmeiras e Grêmio, o São Caetano sagrou-se vice-campeão da competição, ganhando o direito de disputar o Campeonato Brasileiro da Série A e a Copa Libertadores da América no ano seguinte.

Assim, em 2001, o São Caetano chegou pela primeira vez a uma final da Primeira Divisão do Campeonato Brasileiro, quando enfrentou o Atlético Paranaense (PR), ficando com um novo vice-campeonato. No mesmo ano, a equipe disputou sua primeira Copa Libertadores, sendo eliminada nas oitavas-de-final pelo Palmeiras, que venceu nos pênaltis por 5 a 3. Em 2002, o time do ABC voltou a participar da Copa Libertadores, desta vez chegando à final, contra o Olímpia, time do Paraguai, e, mais uma vez, perdeu na decisão por pênaltis, por 4 a 2.

O GRANDE TÍTULO
Em 2004, liderado pelo técnico Muricy Ramalho, o São Caetano conquistou seu primeiro título de peso. Com estrelas como Silvio Luiz, Luiz, Dininho, Thiago, Ânderson Lima, Serginho, Triguinho, Marcelo Mattos, Mineiro, Gilberto, Marcinho, Euller e Fabrício Carvalho, o Azulão eliminou São Paulo e Santos antes de fazer a grande final com o Paulista de Jundiaí. Duas vitórias no Pacaembu (3 a 1 e 2 a 0), com mais de 20 mil pessoas por jogo, renderam ao time do Grande ABC o lugar mais alto do principal torneio estadual do Brasil.

O bicampeonato estadual bateu na trave três anos depois. Novamente desacreditado e sob o comando de Dorival Júnior, o Azulão eliminou o São Paulo na semifinal e decidiu o título com o Santos. Luiz, Douglas e Somália lideraram a equipe, que venceu o primeiro jogo por 2 a 0. Na volta, derrota pelo mesmo placar. Como tinha melhor campanha, o Peixe acabou ficando com a taça. De lá pra cá, a equipe permaneceu no centro da tabela, conquistando um vice-campeonato em 2007 e ficando em 15° lugar em 2008.

Em 2009, o São Caetano, comandado pelo técnico Vadão, terminou o Paulista Série A1 na 11ª colocação e no Brasileiro Série B, Antônio Carlos Zago foi o treinador da equipe, que terminou sua participação em sétimo. Em 2010, Zago iniciou o Paulista no time do ABC, mas quem terminou a competição foi Sergio Guedes e a equipe ficou com a oitava posição. No Brasileiro Série B de 2010, o clube terminou em décimo. No ano seguinte, pela mesma Série B, o clube terminou em 15° lugar.

Em 2014 fica fora do cenário nacional. Neste mesmo ano, após campanhas apenas regulares, volta a disputar a Série A2 do Campeonato Paulista, retornando à elite estadual com o título da Série A2 de 2017. Forte em seu retorno, vai às quartas de final, onde é eliminado pelo São Paulo, mas garante a classificação à Série D do Campeonato Brasileiro de 2019.

Títulos

1 Campeonato Paulista: 2004
1 Copa Paulista: 2019
3 Campeonato Paulista da Série A2: 2000, 2017 e 2020
2 Campeonato Paulista da Série A3: 1991 e 1998

Vice-campeonatos
Vice-campeão do Campeonato Brasileiro da Série C: 1998
Vice-campeão da Copa João Havelange – Série A do Brasileiro: 2000
Vice-campeão do Campeonato Brasileiro da Primeira Divisão: 2001
Vice-campeão da Copa Libertadores da América: 2002
Vice-campeão Paulista da Primeira Divisão: 2007

Curiosidades

1º GOL da AD São Caetano foi marcado pelo atleta Taloni, oriundo das equipes do Corinthians, São Paulo e Santo André no dia 18 de março de 1990, na cidade de Registro diante do Comercial FC. O resultado final do jogo foi empate de 1 x 1.

O 100º GOL da AD São Caetano foi anotado por Daniel Silva (vindo do Jacareí EC), na partida AD São Caetano x Fernandópolis FC, em 17 de maio de 1992, com vitória da AD São Caetano por 2 x 0 em São Caetano do Sul.

200º GOL da AD São Caetano foi feito por Pirata que jogou pelos clubes Goiatuba, Goiás, Vila Nova. A partida foi disputada em São Carlos em 02 de fevereiro de 1994 quando o São Caetano venceu o clube local por 3 x 2.

300º GOL da AD São Caetano foi marcado por Alex Santana – o Garotinho Esperto – na partida com o ex-burro da Central, o EC Tatuapé, realizada no dia 29 de maio de 1997, em São Caetano do Sul, onde venceu por 3 x 1, com dois gols de Alex Santana e um de James.

400º GOL da AD São Caetano aconteceu no jogo com A.A. Anapolina em Goiás. O gol foi marcado pelo avante Marquinhos, que tinha vindo do EC Noroeste de Bauru. O resultado final foi 2 x 0 com vitória do Azulão.

500º GOL da AD São Caetano foi feito pelo Túlio Maravilha frente ao Paraguaçuense, na goleada de 7 x 1 em 19 de março de 2.000.

600º GOL da AD São Caetano foi marcado por Marcão no jogo contra o Paysandu (SC), no dia 06 de novembro de 2000, no Parque Antartica. O Azulão ganhou de 5 a 4.

Hino do Azulão

Letra e música de Carlos Roberto de Jesus Polastro

No dia 4 de dezembro aconteceu
Aquele fato que marcou a nossa história
Foi nessa data que, pujante ele nasceu
Um clube já predestinado para a glória!
Com disciplina e respeitando seus rivais
Parte prá luta para ser o “Campeão”
Leva a torcida para o delírio
Alegra o meu coração!

São Caetano, vamos pra vitória
Nosso objetivo é só o gol… GOL!
Marque pra sempre, fique na memória
Mostre ao povo o que é futebol

São Caetano, brilhe a sua luz
Se perpetuará na imensidão
Honre a cidade que te batizou
Ostenta no alto o seu pendão!

MASCOTE

O Azulão em forma de pássaro nada mais é do que uma homenagem de seus fundadores às cores tradicionais do São Caetano. A certeza de que faria vôos altos em sua trajetória definiu o mascote como um pássaro.

A escolha da ave que representa o clube não poderia ter sido melhor. Afinal, o São Caetano disputou as principais competições (como Libertadores, Brasileiro, Copa do Brasil e Campeonato Paulista) com a beleza de um vôo que só os pássaros são capazes de fazer.

Assim como o clube, que atingiu a maioridade (fundado em 4 de dezembro de 1989), o pássaro cresceu, ganhou força e uma nova cara em 2008.

O mascote incorporou as características da equipe, temida pelos adversários pelo seu poderio na marcação e determinação no ataque, seja dentro ou fora de seu ninho, o estádio Anacleto Campanella. Sem deixar a simpatia de lado, o Azulão entra numa nova fase, de evolução da espécie, com objetivos de voltar a alçar vôos cada vez maiores.

Mascote do AD São Caetano Mascote do São Caetano

Veja também:

Confrontos São Caetano x Corinthians

+ Clubes do Brasil

Fontes: www.adsaocaetano.com.br; www.futebolpaulista.com.br. Página adicionada em 02 Outubro 2012.

Hans Nobiling Quadro

Ficha do Clube

Hans Nobiling Quadro
Fundado em 1898 – Extinto em 1899
Endereço: Não tinha endereço fixo (São Paulo/SP)
Estádio: treinava no campo da Chácara Dulley (no Bom Retiro, entre Luz e Ponte Grande).

Foto da partida Hans Nobiling x Mackenzie College (de gravata), na Chácara Dulley, Março de 1899.

Em 1897, chega a São Paulo, da Alemanha o cidadão Hans Nobiling, natural de Hamburgo, onde jogava pelo S.C. Germânia. Em seu poder Hans Nobiling traz uma bola e um exemplar dos estatutos do clube hamburguês. O ideal é o de difundir a prática do futebol. Primeiro, Hans Nobiling procurou influenciar os elementos da colônia alemã, mas a ginástica, esporte de predileção dos teutos, serviu de obstáculo ao seu objetivo. Convergiram, então, para os brasileiros as suas atenções. E foi ensinar o futebol a um extenso número de moços estudantes e a rapazes do comércio. O local dos ensaios é a Chácara Dulley.

Lá, na Chácara Dulley, Hans Nobiling exercita a sua rapaziada sempre que há oportunidade. Às vezes não encontra tempo para treinar à tarde, mas Hans Nobiling não se perturba com isso: marca o ensaio para a noite. E é à luz da lua que, muitas vezes, os sapos, espantados, vêem correr para cá, para lá, dois bandos de rapazes, atrás de uma bola enrolada em pano branco. Os treinamentos só se interrompem, à falta de energia da lua, como hoje acontece, à falta de energia elétrica.

Hans Nobiling

Uma tarde, Hans Nobiling deu a equipe como em “Ponto de bala”. Escolheram um nome por eleição: “Hans Nobiling Quadro”. Em seguida resolveram marcar o primeiro “match”. Convidaram o São Paulo Athletic, que acabou por não aceitar o confronto. Uma outra tentativa foi feita. Desta vez o convite foi ao Mackenzie. René Vanordem, do Mackenzie, serviu de intermediário e de animador para a realização do jogo. Disputa-se então, a 05 de março de 1899, a primeira partida no Brasil, entre quadros compostos, em quase sua totalidade, por brasileiros: Hans Nobiling 0 x Mackenzie College 0. Depois deste empate, voltam a jogar. Ganha o Hans Nobiling por 1 a 0. Animados, resolvem desafiar, mais uma vez, o “Atlétic”, que levam dois meses para aceitar. Nos ingleses avultam as figuras de Charles Miller, Robinson, Duff, Boyes, Hodgkissis, Creew Bidel e Jeffery. O jogo é realizado na tarde de 29 de junho de 1899 e a assistência que o presencia passa a ser o recorde no Brasil: 60 pessoas. Os ingleses venceram, 1 a 0. E isso, essa exigüidade, diz bem do equilíbrio.

No Hans Nobiling vão se formando elementos de valor: René Vanordem, Rolland, Savoy, Vila Real, Mikulasck, Robotton, White, Wannschaff, todos sob a direção de Hans Nobiling. Há um terceiro jogo, reunindo Hans Nobiling (1) e Mackenzie (1). Os ingleses, agora, é que querem um prélio com o Hans Nobiling. Não se satisfizeram com o 1 a 0. Sabem que podem ampliar a contagem. E ampliam mesmo: 4 a 1.

A realização dessa série de cotejos deu impulso decisivo ao futebol de São Paulo. Já possuindo o São Paulo Athletic e o Mackenzie, veio ele a contar com dois novos clubes que se originou do Hans Nobiling, o Sport Club Internacional, em 19 de agosto de 1899, e o Sport Club Germânia, em 07 de setembro de 1899, atual Esporte Clube Pinheiros, oriundo do Hans Nobiling. Tudo porquê, o Hans Nobiling deveria chamar-se Germânia, por vontade de seu patrono, mas a assembléia de fundação, a que compareceram 25 rapazes, optou pelo nome de “Internacional”, e isso porque tal nome abrangeria todas as nacionalidades dos associados e não a dos alemães, como se daria no caso de prevalecer o nome de “Germânia”.

Todos os jogos do Hans Nobiling
05/03/1899- Hans Nobiling/SP 0 x 0 Mackenzie College/SP
21/04/1899- Hans Nobiling/SP 1 x 0 Mackenzie College/SP

29/06/1899- Hans Nobiling/SP 0 x 1 São Paulo Athletic/SP
Obs.: Esta partida marca o recorde de público no Brasil: 60 pessoas.

13/07/1899- Hans Nobiling/SP 1 x 1 Mackenzie College/SP
30/07/1899- Hans Nobiling/SP 1 x 4 São Paulo Athletic/SP

Veja também: + Clubes do Brasil

Fontes: “Os primeiros 60 anos do futebol paulista”, de 1956, autor: jornalista Adriano Neiva da Motta e Silva – o De Vaney, publicado no jornal santista A Tribuna, de 25 de janeiro a 29 de fevereiro de 1956.

Bandeirante Esporte Clube (SP)

Ficha do clube

Bandeirante Esporte Clube
Fundado em 11 de março de 1923
Endereço: Avenida Antônio da Silva Nunes, 1500, Jardim São Conrado – Birigui (SP)
Website: bandeiranteec.com.br


História

José Trancoso

O BEC é um dos poucos clubes centenários do interior do futebol paulista. É patrimônio cultural de Birigui, cidade a 507 km de distância da capital São Paulo, e tem forte ligação com a comunidade local. O clube surgiu em 1923 e teve como seu primeiro presidente o Sr. José Troncoso, que foi vereador no município de 1926 a 1931. É conhecido como leão da noroeste.

A primeira formação da equipe, ainda em 1923 (foto abaixo), era constituída por: em pé –  Walter Vicentini, Guilherme Demarchi, Joaquim Cicliati; agachados –  Alfredo Roquete, Fioravante Zin e Cezario Mazetto; sentados – Dante Belinelo, Gastão Martineli, Alfredo Monaci, Orozimbo Silva e Paschoal Bartoci.

Primeira formação da história do BEC (1923)

Em 1938, o Bandeirante E.C. ganha a sua Sede no centro da cidade. Na inauguração, faziam-se presentes autoridades da cidade e Região.

Inauguração da Sede do Bandeirante EC em 1938

Foi o primeiro representante de Birigui a disputar uma competição profissional da Federação Paulista de Futebol. Entretanto, isso aconteceu apenas duas décadas depois de seu surgimento, em 1948, quando esteve disputando o Campeonato Paulista da Segunda Divisão. O clube participou também dos torneios de 1950 e 1952, e, depois disso, permaneceu por dez temporadas licenciado.

O retorno, em 1963, foi gratificante: campeão do Paulista da Terceira Divisão, hoje Série A4, e o acesso para a “Segundona” (atual Série A3). Entretanto, o clube esteve em apenas quatro edições da competição, já que em 1968 novamente pediu licença à FPF. Em 1972, o clube voltou às competições profissionais, ainda na Segunda Divisão, mas entre 1978 e 1981 disputou a “Terceirona”, quando conseguiu o acesso.

Em 1986, o Bandeirante chegou à sua maior conquista até então: campeão do Paulista da Segunda Divisão (Série A2) e, automaticamente, conquistou o direito de disputar no ano seguinte a Primeira Divisão – a elite do futebol paulista – , tornando-se um dos poucos times do estado a disputar todas as divisões de campeonatos profissionais. Na época da conquista, Birigui tinha um pouco mais de 50 mil habitantes e cerca de 5 000 pessoas  por jogo (10% da população) assistiram os jogos do clube em casa. O presidente do clube à época foi Sílvio Passarelli.

Porém, a permanência do BEC na elite do futebol paulista não durou: no mesmo ano (1987), foi rebaixado para a então Divisão Especial (nome que recebeu a antiga Segunda Divisão e atual Série A2).

Com a chegada da década de 90, a equipe foi oscilando acessos e rebaixamentos, variando entre a Série A2 e a Série A3. Na Série A3, permaneceu entre 1996 e 2001, quando conseguiu subir novamente à Série A2. Nesse mesmo ano, o Bandeirante teve mais uma conquista, a da Copa do Interior, que teve o nome alterado anos depois para Copa Federação Paulista de Futebol.

O ano de 2003 foi dramático dentro dos gramados. O Bandeirante passou boa parte do campeonato nas últimas colocações, mas em uma arrancada inesperada e comandada pelo técnico Varlei de Carvalho, o time ressurgiu das cinzas e no último jogo garantiu sua permanência na Série A2.

O Bandeirante permaneceu na Série A2 até o ano de 2008, quando terminou a competição no 17º lugar e, assim, foi rebaixado à Série A3. No último jogo da competição, a equipe perdeu para a Ferroviária, em Birigui, e se despediu da Série A2.

Em 2009, o Bandeirante chegou a brigar pela classificação, mas também esteve perto da zona do rebaixamento. Terminou na 14ª colocação, e, desta forma, disputou a Série A3 na temporada 2010.

No dia 13 de dezembro de 2020, o clube garantiu acesso à Série A-3 do Campeonato Paulista de Futebol.

O Leão da Noroeste recebeu em Birigui o Grêmio Prudente. Em jogo realizado no Estádio Municipal Pedro Marin Berbel, o BEC venceu por 2 x 0 e garantiu vaga na final da Segunda Divisão. No último jogo da final o São José venceu por 1 a 0 ficando com o título. Desde 2010 que o BEC não disputava a Série A-3.

Em junho de 2025 o Bandeirante anunciou que entrou com pedido de recuperação judicial, em meio às dívidas de R$ 4 milhões. A ação é baseada nas leis 11.101/05 e 14.193/2021, que regulamentam os clubes de futebol no Brasil. Motivo foi a queda de receitas, em especial no período da pandemia, que se iniciou em 2020.

Títulos

01 Campeonato Paulista da Série A2: 1986

01 Campeonato Paulista da Série A4: 1963 (foto abaixo)

Bandeirante campeão Serie A4 1963
Em pé: Detão, Ênio, Izidoro, Orlando, Dacunto, Pedro Silva, Dario Miguel, Egídio Navarro, Sebastião Palma. Agachados: Aleixo, Balão, Zinho, Helinho, Riachuelo, Esgalha, Noronha, Valdir, Marlan e Nenê Liquieri.

01 Copa Paulista: 2001

Hino e Marcha

Além do Hino Oficial do Clube, o Bandeirante tem a Marcha, que é a mais conhecida entre os torcedores tricolores.

Hino do Bandeirante E.C.
Dr. Augusto Gonzaga

Equipe valorosa, velando sobre ti
Estrela auspiciosa, luz do céu de Birigüi
Ousado Bandeirante, de indômito valor
Passando sempre adiante
Vai levando a bola ao gol

Oh! Bandeirante campeador
Mais liberal não há ninguém
Sabe perder, sem o rancor
Sabe vencer sem o desdém
Ninguém na luta tem mais fé
Nem mais sensível coração
À bola atira um pontapé
E ao inimigo estende a mão

Investe ao gol com decisão
E das canelas não tem dó
Porém se dentre a multidão
Os olhos vê o seu xodó
Ei-lo feroz conquistador
Na doida faina de brilhar
Arrisca a vida por um gol
Ou perde o gol por um olhar.

Marcha do Bandeirante E.C.
Orlando Padovan
Francisco Chagas da Silva

Avante, avante, Bandeirante
Aqui está sua torcida.
Com a bola no campo és mestre,
Balança a rede
Leão da Noroeste !

Quero agitar a bandeira
E gritar mais um gol
Do nosso tricolor
És o rei, és campeão
A torcida vibrando
Bravo Leão !

Fontes: Federação Paulista de Futebol; Web.archive.org


Veja também:

Clubes do Brasil   |   Clubes do Mundo

 

Esporte Clube Cabo Branco

É um dos poucos clubes que realizou uma partida antes mesmo de ser oficialmente fundado.

Ficha do clube

Atual escudo do EC Cabo BrancoEsporte Clube Cabo Branco
Fundado em 13 de dezembro de 1915
Endereço: Rua Cel. Souza Lemos – Miramar – João Pessoa (PB)
Website: não tem.


O clube surgiu a partir da ideia de Manuel Bandeira e Samuel Norat, que propagaram a notícia através dos periódicos, convocando amantes do novo esporte, para a criação, do já batizado clube de nome Cabo Branco Sport Club. Uma destas notícias foi publicada no jornal O Norte, em 12 de dezembro de 1915, como segue:

Sport Club Cabo Branco
Hoje, ás tres horas da tarde terá logar á rua Palmeira n. 8 um “meeting” para tratar de assumptos referentes á Diretoria do mesmo club afim de estabelecer definitivamente a sua fundação.
Os socios fundadores deste club os conhecidos sportmen srs. Waldemar Wraae, Milton Lago, Mario e Ruy Araujo, Samuel Norat e outros tem despertado grande influencia á força de seus esforços.
Depois do “meeting” haverá um “match” no “ground” do Parahyba Sport entre os clubs Cabo Branco e Brazil.
O team do Cabo Branco é o seguinte Goal-keeper: A. Amstein; Backs: V. Wraae e Henrique; Half backs: R. Araujo, M. Bandeira e Ferreira; Forwards: S. Norat, P. Gama, P.J. Barbosa, P. Barbosa e A. Alvarenga.
“Referee” Mario Araujo.

O resultado desta partida foi publicada no dia 14, pelo jornal O Norte: Brazil 2 x 0 Cabo Branco.

História

O Cabo Branco Sport Club, depois Esporte Clube Cabo Branco, nasceu na cidade de João Pessoa em 13 de dezembro de 1915, formado por um grupo de jovens do bairro Altiplano que tinham como objetivo inicial praticar o esporte da moda na época – o football. Sua 1ª sede foi no Altiplano Cabo Branco.

Sua primeira diretoria foi composta dos seguintes membros:
Presidente – Waldemar Wraal; Secretário – Milton Lago; Tesoureiro – José Barbosa; Captain da equipe – Henrique de Souza.

O Clube se destacou com o futebol, que lhe rendeu notoriedade e diversos títulos. Gradativamente a agremiação passou a expandir suas modalidades, introduzindo vôlei, natação, tênis e ginástica. Assim o Clube passou a ser considerado um grande celeiro que recebeu grandes atletas e formou outros, como o nadador Kaio Márcio, o campeão mundial de futsal Mazureik, Rabicó que jogou no Barcelona, Fininho da seleção brasileira, Matheus Cunha que atua na seleção brasileira de futebol, Otávio que jogou no Porto, entre outros craques da bola.

É um dos clubes sociais e esportivos mais antigos e tradicionais da Paraíba. Durante as décadas de 1920 e 1930, o clube manteve uma equipe de futebol profissional que foi nove vezes campeã paraibana, sendo até hoje a quarta maior campeã paraibana, ficando atrás do Botafogo-PB, Treze e Campinense.

Foi um dos fundadores da Liga Desportiva Parahybana (LDP) em 1919. O time também participou de maneira vitoriosa do primeiro jogo promovido pela LDP em 1919.

Se manteve com o departamento de futebol profissional em atividade até 1943. Hoje é um grande clube social e esportivo da capital, com sua sede no bairro do Miramar, com práticas esportivas como escolinhas e equipes amadoras que disputam os campeonatos regularmente.

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba (IPHAEP) reconheceu e incluiu a sede social do Clube Cabo Branco em 2022 como patrimônio histórico do Estado, garantindo acesso às linhas de crédito e aos projetos de reforma. Foi aprovado por unanimidade pelo Conselho de Proteção dos Bens Históricos e Culturais, com a justificativa da arquitetura inovadora para os anos 50 e o significado que a agremiação teve e ainda tem para sociedade paraibana.

Sédes

Com a popularização obtida com o futebol, juntamente a uma forte estrutura social, financeira e administrativa, o time se transferiu para o Hipódromo de Jaguaribe, no qual existiam outros esportes, mas o sucesso era mesmo a equipe de futebol.

Sede do Cabo Branco em 1918
Foto de 2018 da Sede do EC Cabo Branco.

Na década de 50, mudou-se para o bairro do Miramar, acompanhando as tendências de expansão da cidade em direção ao eixo leste. O novo prédio assinado pelo arquiteto Acácio Gil Borsoi, se destacou por ter uma arquitetura arrojada, modernista e à frente do seu tempo, sendo inaugurado em 1958. O grande porte da obra requereu um considerável empréstimo, acarretando a venda da antiga sede de Jaguaribe.

Campeonatos
O clube participou dos campeonatos da Liga Parahybana de Foot Ball (Não oficial), conquistando seu primeiro título já em 1918 e em 1919 fundou a Liga Desportiva Parahybana (LDP). O time também participou de maneira vitoriosa do primeiro jogo promovido pela LDP em 1919. O Cabo Branco foi campeão estadual 9 vezes.

Mesmo com tantos títulos, fama e destaque a equipe se afastou do mundo profissional para nunca mais voltar. Consagrou-se como o maior campeão da Paraíba na época e até hoje segura a quarta posição no ranking dos maiores campeões do Estado.

Se manteve como departamento de futebol profissional em atividade até 1943. Hoje é um grande clube social e esportivo da capital, com sua sede no bairro do Miramar, com práticas esportivas como escolinhas e equipes amadoras que disputam os campeonatos regularmente.

Títulos conquistados

09 Campeonato Paraibano: 1915, 1918, 1920, 1924, 1926, 1927, 1929, 1931, 1932, 1934.

04 Torneio Início do Campeonato Paraibano: 1928, 1929, 1931, 1932.

Letra do Hino

O hino foi feito por Rivaldo Senegal, sendo gravado pela Orquestra do Maestro Villar, em João Pessoa, na Paraíba, tendo como intérprete Marcos Milanez.

Vem ao Jardim Miramar

Ver o meu clube Cabo Branco

Dia e noite a rebrilhar

É uma pérola encantada

Bem no alto engastada

Sempre namora no mar

Se é domingo de verão

As sereias na piscina

Ao mundo de emoção

Nas tuas noites de esplendor

Há um convite para o sonho

Há um convite para o amor

Vem! Pro Cabo Branco

Vem pros braços meus

Vem! No Cabo Branco

Cubro os braços teus

Ó vem! Tem Tambaú

Banhada de luar

A brisa que vem do mar

Também te quer beijar

Ó vem! Que as nossas festas

Sejam de brilhar

E nossos atletas

Hão de triunfar

Vem ver o nosso carnaval

Nesses dias sem igual

Aqui o ambiente e Franco

Vem ouvir nossos amores

Vem torcer por nossas cores

Vem gritar, é Cabo Branco!


Veja também:

+ Clubes do Brasil | Clubes do Mundo

Fontes: jornal O Norte, 12 de dezembro de 1915; A História do Futebol Paraibano 1908-1968, Walfredo Marques.