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Logo no início de vida, os treinos do Guarani foram feitos na Praça Carlos Gomes (local da fundação) e na Praça Correa de Mello.

A necessidade de um campo logo se fez presente e uma comissão conseguiu, junto ao então prefeito Heitor Penteado, o Ground da Vila Industrial, situado entre as ruas Francisco Teodoro e Sales de Oliveira, próximo à Vila São Vicente de Paulo.

Os próprios associados deram ao local boas condições de uso, carpindo o local e montando traves de bambu. No entanto, as traves eram frequentemente roubadas pelos moradores da redondeza para servirem como lenha. Solucionou-se o problema desmontando-se as traves após cada treino.

O primeiro treino ocorrido nesse campo entre associados do Guarani foi realizado em 23 de abril de 1911 (domingo), tendo sido anunciado pelo Comércio de Campinas.

Em 1913, o Ground da Guanabara passou a ser o novo palco bugrino. E lá, ao final da Rua José Paulino, entrando pela Barão Geraldo de Rezende, realizou-se dois anos antes, em 18 de junho de 1911 (domingo) o primeiro jogo conhecido do Guarani, contra o S.C. XV de Novembro.

O XV venceu o jogo por 3 a 0 com: Juca, Domingos e Meirelles, Luca, Cormanick e Vernio, Miguel, Eurico, Langone, Luiz e Sampaio. O Guarani era formado por Henrique, Bertoni e Giardini; Camões, Pereira e Oliveira; Grecco, Gonçalo, Walter, Russo e Vito.

Na segunda partida, também no Guanabara, veio a tão esperada vitória: 2 a 0 contra o recém fundado S.C. Corínthians local, com a seguinte formação: Oliveira, Bertoni e Gonçalo; Marotta, Nick e Camões; Miguel, Trani, Fritz, Romeo e Grecco.

Em 1920, o Guarani, na gestão de Carmine Alberti, adquiriu definitivamente o Ground, que já era utilizado pelo time desde a extinção do A.A. Guanabara e do Comercial F.B.C., em 1913. Foi imprescindível a colaboração do sócio Egydio de Souza Aranha, sobrinho da proprietária, que conseguiu o preço de 900 réis o metro qudrado, para a gleba de 20.000 metros quadrados, aproximadamente.

Foi então nomeada a comissão pró-estádio, liderada por João Pereira Neto, que através de bingos, rifas e quermesses, angariou fundos para a construção do primeiro estádio de futebol da cidade.

Este só seria inaugurado em 15 de junho de 1923: o ESTÁDIUM DO GUARANY (foto acima), conhecido como "PASTINHO", palco de grandes e inesquecíveis partidas.

O jogo inaugural foi contra o Grande C.A. Paulistano, completo, com Friedenreich e Cia. A grande festa foi arbitrada por Nagib José de Barros, benemérito bugrino que conseguiu trazer o Paulistano a Campinas. O prefeito Miguel Penteado deu o pontapé inicial do jogo, que acabou em 1 a 0 para o Bugre, gol de Zequinha aos 41 do segundo tempo.

O Guarani formou com Pacheco, Joca e Tavares; Deputado, Juca e Joaquim; Miguel, Zequinha, Barbanera, Nerinho e Pilla. O Paulistano com Tidoca, Clodoaldo e Guarany; Sérgio, Tango e Abate; Formiguinha, Hermógenes, Friedenreich, Mestre e Netinho.

Com o profissionalismo, este estádio já não comportava o clube, e a subida à Primeira Divisão, com a Lei do Acesso, causaria problemas maiores. Além disso, o Mogiana já tinha o seu magnífico "Horácio Costa" e a Ponte construía o seu.

Após descartada a possibilidade de reforma ou reconstrução de novo estádio no Guanabara, a comissão liderada por Antonio Carlos Bastos fechou negócio com a Sociedade de Imóveis e de Administração Ltda, que trocou o terreno da Guanabara por uma área de 50.400 metros quadrados na Chácara Baronesa, na "Baixada do Proença", e pagou 2 milhões de cruzeiros, em parcelas, além de fazer a sondagem e terraplenagem do local.

A comissão pró-estádio e o arquiteto Ícaro de Castro Melo (que projetou o Maracanã) desenvolviam estudos, enquanto o time subia para a Divisão de Acesso.

A Pedra Fundamental do Brinco de Ouro (foto)
Definiu-se que o estádio, no projeto original, teria a forma elíptica, com eixo na direção norte-sul. Foram elaboradas 60 plantas, inclusive para as dependências internas. Capacidade inicial: 29.000 pessoas.

Houve ainda a doação de 2.920 metros quadrados por parte do Sr. Arlindo de Souza Lemos e dos Srs. Nilo Ferraz de Abreu e Cunha Prado, que em nome da imobiliária Paraíso, deram uma gleba de 19.405 metros quadrados, anexas à negociada.

O nome do Estádio surgiu em 12.07.1948, quando o jornalista João Caetano Monteiro Filho (do Correio Popular) viu a foto da maquete do estádio. Devido a sua forma arredondada, o estádio lembrou ao jornalista um brinco. Por outro lado, Campinas era conhecida como "Princesa D'Oeste". Criu uma manchete objetiva e não muito grande, condizente com o espaço que tinha para anunciar o novo palco bugrino: "BRINCO DE OURO PARA A PRINCESA".


A Matéria de 1948 que deu origem ao nome Brinco de Ouro da Princesa.

A torcida bugrina que discutia a beleza de seu estádio passou a chamá-lo de "Brinco de Ouro". Ficou: BRINCO DE OURO DA PRINCESA.

A construção foi feita com base em promoções de todo tipo e a obra foi construída em ritmo acelerado. Improvisou-se arquibancadas de madeira nas cabeceiras e finalmente inaugurou-se o Brinco - abaixo foto do ano de 1999.


No dia 31 de maio de 1953, jogaram Guarani e S.E. Palmeiras numa festa de inauguração regada a muita chuva. O primeiro gol oficial do Brinco foi feito aos 44 minutos do 1° tempo, no atual gol de entrada. O gol de falta, foi marcado pelo meia-direita bugrino Nilo. Dido e Augusto, marcaram mais 2 para o Guarani e Lima descontou para o Palmeiras. Final:Guarani 3 a 1.

O Brinco de Ouro da Princesa foi palco de partidas memoráveis, inclusive de várias decisões de campeonatos. A Seleção Brasileira pisou em seu gramado duas vezes em 1966 (quando realizou jogos-treino contra um combinado campineiro, durante a preparação para a Copa do Mundo de 1966, na Inglaterra) e outra em 5 de Maio de 1990, quando venceu a Bulgária por 2 a 1, registrando o 2º maior público do Estádio: 51.720 pagantes. O recorde foi estabelecido em 14 de Abril de 1982, com 52.002 pagantes, no jogo Guarani 2 X 3 Flamengo, pela Semifinal do Campeonato Brasileiro de 1982. Pelos atuais critérios de dimensionamento de público nos Estádios, essas marcas não mais poderão ser batidas.

A VENDA DO BRINCO DE OURO

No começo da tarde de quinta-feira (27/11/2014), foi realizada no Tribunal Federal da Justiça, em São Paulo, o leilão envolvendo o estádio Brinco de Ouro da Princesa. A casa do Guarani acabou sendo arremetada no valor de R$ 44.450.000,00 pela empresa Magnum logo no último lance da negociação. No decorrer das negociações, os investidores de Jaboticabal e um representante de um sheik árabe estiveram perto de levar o Brinco de Ouro e foram "salvos" pelos representantes da Magnum.


Fontes: www.fee.unicamp.br, Arquivo www.campeoesdofutebol.com.br; e www.guaranifc.com.br
Pesquisas de Sidney Barbosa da Silva
Página adicionada em 30 de março de 2013 - atualizada em 27/Novembro/2014.