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Lance da segunda partida finalO campeonato de 1978 teve início em 25 de março e terminou no dia 13 de agosto. Um total de 74 clubes participaram da competição. Em 792 jogos as redes foram balançadas 1.771 vezes, média de 2,23 por partida. Clubes como o Inter de Porto Alegre, Palmeiras e Vasco iniciaram o campeonato como franco favoritos. Corinthians, São Paulo, Atlético/MG e Cruzeiro entre outros poderiam ficar com o título. Mas jamais, sequer, a imprensa brasileira sonharia num clube do interior campeão nacional.

Então como um modesto clube do interior conquistou o título mais cobiçado do país, e em cima do poderoso Palmeiras? Esta foi uma pergunta que apareceu na cabeça de milhares de torcedores dos grandes clubes pelo Brasil afora e da imprensa.
 
O fato é que se tratava de um timaço, com craques como Zenon, Renato "Pé-Murcho", Gersinho, o goleiro Neneca, o centroavante Careca e o então desconhecido técnico Carlos Alberto Silva.

Sem dinheiro para contratações, a diretoria bugrina resolveu inovar. Trouxe Carlos Alberto Silva, um jovem treinador, que fizera um bom trabalho na Caldense (MG), para lançar novos talentos. Observando os juniores do clube, promoveu Tadeu, Odair, Gersinho e um garoto de 17 anos chamado de "Careca", que se tornaria um dos maiores atacantes do futebol brasileiro e que terminaria a competição como artilheiro do clube, ao lado de Zenon (que havia sido contratado do Avaí/SC), com 13 gols cada.

A formação da equipe campeã de 1978
Guarani FC Campeão Brasileiro de 1978
 
Com as pratas da casa, o bugre demorou a mostrar um futebol competitivo no início. Na primeira fase foi o 5° colocado da chave D, da qual participaram 12 equipes e classificavam as 06 primeiras para a fase seguinte. Na 2ª fase ficou em 4°, em nove participantes e que classificava seis clubes. A partir da 3ª fase é que o futebol dos comandados de Carlos Alberto Silva começou a aparecer. Foram 11 vitorias seguidas até o jogo final.


A CAMPANHA

  Guarani Futebol Clube

  Primeira fase
  1 x 3 Vasco da Gama
  2 x 1 Bahia
  2 x 0 CSA
  0 x 0 Vitoria/BA (F)
  1 x 1 CRB (F)
  0 x 0 Sergipe (F)
  5 x 0 Confiança
  2 x 1 Ponte Preta
  7 x 0 Itabuna/BA
  0 x 2 Volta Redonda(F)
  1 x 1 Botafogo/RJ(F)
  Segunda Fase
  1 x 1 São Paulo
  3 x 0 Brasilia/DF (F)
  1 x 5 Remo/PA (F)
  3 x 0 Caxias/RS
  2 x 2 Vasco da Gama-F
  0 x 2 Portuguesa (F)
  0 x 0 Coritiba
  2 x 0 Villa Nova/MG
  Terceira Fase
  3 x 0 Internacional (F)
  1 x 1 Goiás (F)
  2 x 1 Santos
  1 x 0 Botafogo/PB
  3 x 0 Goytacaz/RJ
  1 x 0 Botafogo/SP
  1 x 0 Londrina (F)
  Quartas-de-final
  2 x 0 Sport Recife (F)
  4 x 0 Sport Recife
  Semifinal
  2 x 0 Vasco da Gama
  2 x 1 Vasco da Gama-F
  FINAL
  1 x 0 Palmeiras (F)
  1 x 0 Palmeiras
 
O Guarani utilizou 24 jogadores durante a V Copa Brasil (denominação do campeonato brasileiro na época). O meia Renato foi o que mais jogou - atuou em 31 jogos, fazendo 10 gols. O zagueiro Édson chegou a atuar em 30 jogos, sem marcar gols, seguido pelo lateral direito Mauro (29 jogos e 2 gols), Neneca (goleiro, 28 jogos), Zé Carlos (volante, 28 jogos, nenhum gol marcado) e Capitão (atacante, 28 jogos, 06 gols). Participaram ainda da conquista Careca, Miranda, Zenon, Gomes, Macedo, Bozó, Manguinha, Gersinho, Silveira, Alexandre, Adriano, Cuca, João Carlos, Odair, Antônio Carlos, Tadeu, Claudinho e o goleiro João Roberto.

As finais

Na primeira partida da final, o goleiro Leão da equipe do Palmeiras, irritado com as provocações de Careca, deu-lhe uma cabeçada dentro da área aos 25 minutos do 2° tempo. Pênalti marcado e expulsão de Leão. Como o Palmeiras já havia feito as duas substitições permitidas na época, Escurinho (ponta-de-lança) foi improvisado no gol. O resultado não foi desastroso, ele só sofreu o gol de penalti convertido por Zenon.Careca comemora o gol do titulo
 
Na segunda partida, o bugre não pôde contar com o talento de Zenon que estava cumprindo suspensão automática. Em seu lugar entrava o esforçado Manguinha, tecnicamente inferior ao titular, porém muito eficiente na marcação. Outro grande em campo foi o ponta-esquerda Bozó que perseguia Jorge Mendonça por todos os lados do campo. O volante Zé Carlos foi um técnico dentro das quatro linhas durante toda a campanha consagradora e um "gladiador" na final, suando a camisa e dividindo todas as bolas. Mas a estrela de Careca brilhou mais uma vez. Foi dos pés dele que saiu o gol do título - aos 36 minutos do primeiro tempo Bozó é lançado na esquerda e chuta. O goleiro Gilmar rebate e a bola sobra para Careca concluir. É o gol do titulo.

Final
1ª partida
PALMEIRAS 0 x 1 GUARANI
Data: 10/Agosto/1978 Local: Estádio do Morumbi (São Paulo)
Gol: Zenon aos 30 do 2° tempo Árbitro: Arnaldo César Coelho
Renda: Cr$ ---- Público: + de 100.000
PALMEIRAS: Leão; Rosemiro, Alfredo, Marinho (Zé Mário) e Pedrinho; Jair Gonçalves, Toninho Vanusa e Jorge Mendonça; Sílvio (Escurinho), Toninho e Nei. Téc.: Jorge Vieira.
GUARANI: Neneca; Mauro, Gomes, Édson e Miranda; Zé Carlos, Zenon e Renato; Capitão, Careca e Bozó (Adriano). Téc.: Carlos Alberto Silva.

2ª Partida
GUARANI 1 x 0 PALMEIRAS
Data: 13/Agosto/1978 Local: Brinco de Ouro da Princesa (Campinas)
Gol: Careca aos 36 do 1° tempo Árbitro: José Roberto Wright (RJ)
Renda: Cr$ 1.706.280,00 Público: 27.086
GUARANI: Neneca; Mauro, Gomes, Édson e Miranda; Zé Carlos, Manguinha e Renato; Capitão, Careca e Bozó. Tec.: Carlos Alberto Silva
PALMEIRAS: Gilmar; Rosemiro, Beto Fuscão (Jair Gonçalves), Alfredo e Pedrinho; Ivo, Toninho Vanusa e Jorge Mendonça; Silvio, Escurinho e Nei. Tec.: Jorge Vieira


Fontes: Revista Placar, N° 1089, de Novembro de 1993; e Arquivo www.campeoesdofutebol.com.br
Pesquisas de Sidney Barbosa da Silva - Página adicionada em 15 de setembro de 2006.