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O Rebaixamento de 1963, a mais triste noite do clube |
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O Hespanha FC | O Jabaquara AC | O Rebaixamento de 1963 |
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Os velhos espanhóis jamais esquecem desta data: 11 de dezembro de 1963, portanto, duas semanas antes do Natal. Eles dizem que foi o dia mais triste da história do Jabaquara. Lembram que "a Cidade inteira chorou" naquela fatídica noite, na Vila Belmiro, quando o Jabaquara foi impiedosamente goleado pelo Santos por 5 a 3 e rebaixado para a 1ª Divisão (atual Série A2 do Paulistão).
Naquela noite fria e chuvosa, a maior parte das 4.583 pessoas que foram ao Estádio Urbano Caldeira torceu pelo Jabuca. Mas foi em vão. Depois de ter obtido maus resultados contra Botafogo, Guarani e Ferroviária, o time do Santos, sem Pelé, mas com Coutinho e Dorval "jogando como nunca", liquidaram com as pretensões do Jabaquara de ficar na Divisão Especial com dois gols de Coutinho, dois de Rossi e um de Dorval.
Na ocasião, os torcedores do Jabaquara não pouparam críticas severas ao Santos. Afirmaram que o Santos poupou a maioria dos seus titulares nos jogos anteriores para colocá-los "em plena forma" contra o Jabaquara. "O Santos jogou com desinteresse nas partidas contra Botafogo, Guarani e Ferroviária.
Contra o Jabaquara, exclamavam em altos brados jogaram como nunca. Queriam a queda do nosso Jabaquara. O jornalista Ary Fortes, que fez a cobertura do jogo para A Tribuna, esteve no vestiário do Jabaquara ao final da partida. E escreveu: "O ambiente era de tristeza geral. Alguns jogadores e dirigentes não podiam conter as lágrimas, lamentando veementemente o resultado adverso, do efeito tão ingrato. Apesar do desespero nos vestiários, numa comovente demonstração de solidaredade, do lado de fora, torcedores gritavam "Jabaquara, Jabaquara, Jabaquara". O presidente Rubens Cid Perez dizia: "Tanta luta, tanto esforço para nada. Como é ingrato o futebol".
O público demorou para sair do estádio. Ficou boa parte do tempo em pé, em silêncio, como se não acreditasse no que acabara de presenciar. Naquela noite o Jabaquara conseguira reunir uma grande torcida, tanto que os gols do Santos quase não foram comemorados. Nas próprias sociais do Santos havia um certo constrangimento.
O Bloco Carnavalesco Agora Vai também compareceu em peso ao estádio e seus componentes, no final do jogo, demoraram para recolher uma faixa que dizia: "O Agora Vai está com o futebol de Santos. Viva o Jabaquara". O companheiro Ary Fortes, após visitar o vestiário do Santos, escreveu que "havia a costumeira satisfação por mais um triunfo".
Uma vitória representa, sempre, momento de muita alegria. Somente não gostamos dos gestos de Dorval e Coutinho à torcida, gestos de desprezo, de injustificável sadismo. "Deixaram o campo saudando os espectadores postados na arquibancada ao fundo do gol de entrada ". Ary encerra o comentárío afirmando: "Há muito tempo, por sinal, não se via Dorval e Coutinho jogarem tanto". O árbitro foi Benedito Francisco, que teve uma arbitragem ruim. Foi o pior Natal do Jabaquara.
Santos jogou com Laércio; Olavo, Maneco e Aparecido; Lima e Joel; Batista, Rossi, Coutinho, Dorval e Pepe. A equipe do Jabaquara formou com Ronaldo; Neiva, Elísio e Jackson; Carlão e Del Pozzo; Cabrita, Valdir, Chilinho, Buzzone e Elias. |
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O Hespanha FC | O Jabaquara AC | O Rebaixamento de 1963 |
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Fontes: Arquivo www.campeoesdofutebol.com.br; www.atribuna.com.br, acessado em 24 de junho de 2003. Página adicionada 10 de março de 2013. Pesquisas de Sidney Barbosa da Silva e Rafael de Paula da Silva |
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