Em 16 de dezembro de 1899, um grupo de torcedores esportivos, reunidos em um quarto do Hotel Du Nord, resolveram discutir suas preferências esportivas e em conseqüência fundar oficialmente o MILAN FUTEBOL & CRICKET CLUB.
A primeira sede oficial do Clube era junto à Fiascheteria Toscana, na Via Berchet, em Milão. Naquele momento iniciou-se a gloriosa história do MILAN, que escreveu páginas memoráveis na história do futebol, vindo a constituir-se - especialmente nos últimos 15 anos - em um dos clubes mais fortes e famosos do mundo.
O passado "rubronegro" tornou-se uma lenda, como legendários tornaram-se os homens que escreveram sua história: presidentes, treinadores e jogadores.
Nomes de importantes personalidades esportivas se impuseram durante o curso da história Milanesa, desde o inglês Alfred Edwards, que dois anos após a fundação conquistou o primeiro troféu rubronegro, até Sílvio Berlusconi, o presidente que mais vitórias obteve.
Uma grande sociedade se reconhece pelas estratégias de atuação e pela escolha dos seus dirigentes, dentre os quais exercem papel determinante os Treinadores; a história dos sucessos do MILAN é especialmente ligada ao banco dos treinadores, sobre os quais sentaram-se os maiores técnicos do futebol italiano, como Gipo Viani, Nereo Rocco e Nils Liedholm, os mestres dos anos 60, dos quais Arrigo Sacchi e Fabio Capello receberam a herança, baseando sua filosofia tática e estratégica em um futebol moderno, brilhante e espetacular.
Porém o clube viveu período de dificuldades no início dos anos 80, chegando à beira da falência após ser rebaixado para a segunda divisão do campeonato italiano. Após voltar à elite, em 1983, o rubro-negro cai novamente para a segundona.
A sorte do clube começou a mudar quando o magnata das telecomunicações
Silvio Berlusconi, o sétimo homem mais rico da Europa, assumiu a direção do clube em 1986, injetando muito dinheiro para grandes contratações.
Nos anos da gestão de Silvio Berlusconi, Sacchi e Capello venceram, triunfaram, presenteando estupendas emoções.
Com Sacchi, o MILAN venceu em 4 temporadas 1 "scudetto" (Campeonato Nacional), duas Copas dos Campeões, duas Supercopas Européias e duas Copas Intercontinentais consecutivas.
Com Capello, 4 "scudetto", uma Supercopa Européia e uma Copa dos Campeões, em cinco temporadas.
Nos anos recentes, após a conquista do Scudetto por Alberto Zaccheroni em sua primeira temporada como Rubronegro, e a breve participação do técnico turco Fatih Terim, a direção técnica passou para Carlo Ancelotti: o grato retorno de um dos "invencíveis" à grande família rubronegra.
O Milan tornou-se um time vencedor na Itália e em todo o mundo graças também aos seus campeões, jogadores cobiçados por todos os clubes futebolísticos: Gunnar Gren, Gunnar Nordahl, Nils Liedholm (o trio sueco do mítico Gre-No-Li), o uruguaio Juan Alberto Schiaffino, o brasileiro José Altafini "Mazzola" que vestiu a camisa rubro-negra por sete anos (1958-1965) e jogou 205 partidas e marcou 120 gols (sendo o segundo maior goleador estrangeiro do clube). A seguir
Gianni Rivera, ainda hoje considerado um dos melhores jogadores italianos de todos os tempos, acompanhado nas suas extraordinárias jogadas por Cudicini, Anquiletti, Trapattoni, Lodetti, Prati e o brasileiro Sormani que atuou 134 partidas e fez 45 gols, em cinco anos (1965-1970) de clube.
Mas o nome de Rivera está ligado também ao de um outro grande jogador. De fato, quando Rivera conquista o Scudetto da Estrela, joga na defesa um jovem de talento promissor,
Franco Baresi, que assimilando os ideais de Rivera, por vinte anos tornar-se-á o símbolo e a bandeira do Milan dos Recordes, merecendo no final da carreira o prestigioso reconhecimento como "Milanista do Século" em uma pesquisa junto à torcida.
Este Milan será lembrado como o time dos "invencíveis".
No Milan do Capitão Baresi jogam e alternam-se atletas formidáveis como Marco Van Basten, Ruud Gullit e Frank Rijkaard, que formam o inigualável trio holandês. Com o passar do tempo afirmam-se ainda outros "fora-de-série", como o genial montenegrino Dejan Savicevic, o liberiano George Weah, o croata Zvonimir Boban, o francês Marcel Desailly, para citar somente alguns. Naquelas formações é fortíssimo e determinante também a contribuição oferecida por campeões italianos do calibre de Carlo Ancelotti, Paolo Maldini, Mauro Tassotti, Daniele Massaro, Alessandro Costacurta, Alberigo Evani, Roberto Donadoni, Filippo Galli, Demetrio Albertini, Roberto Baggi, Sebastiano Rossi.
O Milan vive um presente rico de valores herdados e posiciona-se para enfrentar o futuro com objetivos ambiciosos. O time apresenta-se ao seu público com uma tradição futebolística de mais de 100 anos vividos com empenho e dedicação, seja sobre os gramados, seja longe desses, pronta para começar uma nova temporada plena de compromissos prestigiosos e novos compromissos empolgantes.
Estádio Municipal Giuseppe MeazzaConhecido popularmente como Estádio San Siro (nome de um santo ao qual era dedicada uma igrejinha nos arredores), foi um presente do então presidente do AC Milan, Piero Pirelli (mandato 1909 - 1929) à "sua" Milão. O estádio foi construído em apenas treze meses e meio, graças ao trabalho de 120 operários. O custo da obra na época foi de cerca de 5 milhões de liras, o equivalente a três bilhões e meio de Euros, hoje.
O projeto traz as assinaturas dos arquitetos Stacchini (a quem se deve o desenho da Estação Central) e Cugini. Leva oficialmente o nome de um dos maiores jogadores do futebol italiano, que disputou e venceu duas copas do mundo - 1934 e 1938, nesta última era o capitão da Seleção Italiana - e atuou pelos dois "grandes clubes" de Milão - Milan e Internazionale.
Franco BaresiNasceu em Travagliato, Brescia, em 08 de agosto de 1960.
Único clube de sua carreira, ele vestiu a camisa "rossonera" pela primeira vez em 23 de abril de 1977, na partida Hellas-Verona 1 x 2 Milan, e só largou em 1997. Fez 532 jogos e marcou 16 gols na Série A do Italiano. No total ele atuou em 719 partidas oficiais, marcando 33 gols. Baresi foi o grande líder da equipe que, em 1992, faturaria o "scudetto" sem perder uma partida sequer, fato ocorrido uma única vez na história do campeonato italiano.
Mas, deu adeus ao futebol em outubro de 1997; em sua homenagem, o Milan retirou a camisa número 6, aquela que sempre foi usada pelo inesquecível Capitão de tantas vitórias.
CAMISAS
Na ordem: Camisa N° 1 (2008); e de N° 2 (2008)