O ano de 1940
- Destaque do clube é a linha média formada pelos estrangeiros Papetti, Bianchi (argentinos) e Avalle (italiano). Trio é considerado o melhor de todos os tempos na posição.
- Tricolor é Campeão Baiano Invicto pela segunda vez. Galícia é vice.
Os anos de 1941 a 1943
- Bahia assiste passivamente um clube ser Tri-Campeão Baiano pela primeira vez na história, o Galícia.
- O ostracismo em campo é resultado de uma das crises financeiras mais agudas de sua história. O Bahia estava atolado em dívidas, não conseguia pagar funcionários e jogadores.
- Em 1941, quase vai à falência e é despejado de sua sede, na AV. Princesa Isabel, por falta de pagamento dos aluguéis.
- No período, disputa seis jogos contra o maior rival da época, o Galícia, perde quatro, empata um e ganha somente uma vez.
O ano de 1944
- O comerciante Zelito Bahia Ramos assume a presidência e arruma a casa, estabilizando a situação financeira.
- Clube se instala em nova sede, no bairro do Canela, em Salvador.
- Adroaldo Ribeiro Costa compõe o hino do Bahia. Anos mais tarde, a composição seria considerado pelo historiador Cid Teixeia a mais popular da história do estado, ao lado do hino do Senhor do Bomfim.
- Bahia ameaça não disputar o Baianão por divergências com a Federação Bahiana de Desportos Terrestres (FBDT), mas não leva idéia adiante.
- Nicanor de Carvalho assume o comando técnico do time – só deixaria o cargo em fevereiro de 1946.
- Dois dos maiores ídolos do Tricolor em todos os tempos estréiam no time principal – os atacantes Gereco e Zé Hugo. Gereco é prata-da-casa, tinha sido Bicampeão Baiano Juvenil em 1939/40. Zé Hugo vem de Ilhéus, em 25/04.
- Estadual é disputado por pontos corridos. Em 14/05, na estréia, Bahia goleia o Botafogo, por 3 a 1.
- Apesar de não conseguir vencer o Tri-Campeão Galícia – empata duas vezes em 4 a 4 -, faz 3 a 1 no jogo final contra o Ypiranga e volta a subir no lugar mais alto do podium do Estadual.
O ano de 1945
- O duelo com o Vitória é marcado por uma confusão generalizada no Bavi do dia 2/09. Após as expulsões do tricolor Ciri e do rubro-negro Baiano, é deflagrada a briga. Jogo termina em 0 a 0.
- Tricolor vence 2º e 3º turnos do Estadual e precisa de apenas um empate nos dois jogos da decisão com o Galícia para ficar com a taça.
- Baianão só é decidido em 1946. Em 01/01 daquele ano, Galícia vence a primeira decisiva por 2 a 1 e adia a festa.
- Tricolor enfrenta o argentino Rosário Central antes do segundo jogo da final com o Galícia. Perde por 5 a 4.
- Em 17/01, num jogo antológico, empata por 4 a 4 com o Galícia e conquista o segundo Bi de sua história, 11 anos após o primeiro, em 1933/34. O técnico é Armando Simões.
O ano de 1946
- Ex-jogador, fundador e primeiro orador do Esporte Clube Bahia, o jornalista Aristóteles Góes usa pela primeira vez a expressão “Esquadrão de Aço”, em manchete no jornal A Tarde. Expressão cairia logo nas graças da torcida e eternizada como uma das alcunhas prediletas da Nação Tricolor.
- Tricolor faz campanha ruim no Baianão. Vence apenas cinco dos 12 jogos – perde outros seis e empata um. Vê o Guarany conquistar o primeiro e único Estadual de sua existência.
- O destaque do time, apesar da campanha ruim, é o atacante Serafim Carvalho, o Tintas, ídolo do clube.
O ano de 1947
- Com a aposentadoria de Yoyô, titular absoluto de 1942 a 1946, Tricolor sofre atrás de um novo goleiro. Benício e Elba são testados, mas não aprovam.
- Dúvidas cessam quando Lessa veste a camisa 1, que só deixaria sete anos depois, em 1955. O arqueiro marcou época no clube. Tanto que foi celebrado em versos de Gilberto Gil como “um goleiro, uma garantia”.
- Ano é marcado ainda pela estréia de um dos melhores pontas-esquerdas de todos os tempos – Izaltino, que seria titular do Esquadrão, ininterruptamente, por 13 temporadas.
- Titular desde 1936, o beque Baiano começa a perder a posição graças às excepcionais atuações de Arnaldo e Zé Grilo na zaga.
- Em 13/04, estréia no Estadual e, de cara, vence o clássico com o Galícia, por 2 a 1.
- Vence o primeiro e o terceiro turnos e encara na decisão o Vitória, ganhador do segundo. Precisa de apenas um empate no jogo final.
- Em 04/01 de 1948, faz 3 a 1 no arqui-rival e é Campeão Baiano pela nona vez em 17 torneios disputados – aproveitamento superior a 50%.
- Triunfo sobre rubro-negro coroa belíssima campanha, de 14 vitórias em 19 partidas, três empates e somente duas derrotas.
O ano de 1948
- Ano é turbulento, marcado por desentendimentos internos na esfera diretiva, e brigas com a Federação.
- O dirigente Amado Bahia Monteiro assume o comando técnico da equipe. Polêmico, faz alterações radicais e contestáveis, como a saída de Lessa do gol, e a troca de Gereco por Moreninho no ataque.
- Apesar dos pesares, com a base do ano anterior, Bahia supera os rivais e é Bicampeão Baiano.
- Título vem após disputa no quadrangular final contra Galícia (1 a 1), Vitória (5 a 0) e Ypiranga (4 a 1). Na finalíssima, em 03/05, bate o Galícia por 3 a 0.
O ano de 1949
- Volta a ter sede no tradicional bairro da Barra, em Salvador, o mesmo onde foi fundado.
- Clube completa a “maioridade” ao fazer 18 anos.
- Após vencer primeiro turno, enfrenta o Ypiranga, ganhador do segundo, numa melhor de três. Perde a primeira por 3 a 1; vence a segunda, por 2 a 0; e empata a terceira, em 2 a 2.
- No jogo-desempate, em 18/12, Bahia faz 2 a 0 com gols de Carlito e Ivon e torna-se Tricampeão do Campeonato Baiano de Futebol. Amado Monteiro continua como técnico.
- Em 07/07, vem ao mundo Edvaldo dos Santos. Sob a alcunha de “Baiaco”, tornaria-se Hepta-Campeão pelo Tricolor, na década de 1970 e um dos jogadores de maior identificação com a torcida.
- Em 9/09, nasce Douglas da Silva Franklin, o Douglas, que, anos mais tarde, viria a se tornar, para muitos, o maior jogador a envergar o manto sagrado azul, vermelho e branco.