Desde sua fundação, o Campinense Clube já "morou em quatro residências". A história destas quatro sedes é o retrato vivo de um clube em constante desenvolvimento. A primeira delas foi uma sede provisória, instalada nas dependências do Colégio Campinense.
O crescimento da cidade, a sua transformação em um importante centro comercial e sua grande evolução social, permitiu que logo se construísse sua sede própria. Um verdadeiro palacete segundo os registros sociais da época. Situava-se ao lado do prédio onde funcionou a antiga Associação dos Moços Católicos e depois a Faculdade de Filosofia, fazendo esquina com a rua Afonso Campos. Este prédio infelizmente não existe mais.
No início da década de trinta, com o constante crescimento do número de sócios, o espaço tornou-se insuficiente para abrigar tamanha quantidade de freqüentadores. Iniciou-se a luta pela construção de uma terceira sede. Nesta empreitada histórica destacou-se o nome do Sr. César Ribeiro, que é de conhecimento geral que graças ao seu empenho e seu amor ao clube, a construção de um novo e amplo edifício logo seria iniciada (1933), em um terreno na Praça Coronel Antônio Pessoa, obra orçada em 100 contos de réis.
O então prefeito da cidade e sócio do clube, Pereira Diniz, que mandara demolir o prédio da Cadeia Velha, situada na hoje Praça Clementino Procópio, doou todo o material resultante da derrubada daquele prédio para a construção da nova sede social. Com 43 contos de réis em dinheiro arrecadados inicialmente de doações dos sócios foi iniciada a edificação que seria inaugurada em 22 de fevereiro de 1936, um sábado de carnaval. Este histórico prédio ainda existe, embora muito modificado internamente pelos novos e sucessivos proprietários. Sua venda até hoje não é consenso entre muitos dos autênticos rubro-negros.
No início da década de 60, o palácio da Antônio Pessoa, tornou-se novamente pequeno para abrigar todo o sodalício rubro-negro. O então presidente Edvaldo do Ó adquiriu uma estratégica área na Rua Rodrigues Alves, no Alto da Bela Vista, na qual construiu um belo espaço dançante para os sócios do clube, o qual ficou famosa por mais de duas décadas com a "Boite Cartola". O presidente seguinte, o bem-sucedido empresário e dirigente futebolista da história campinense, Lamir Mota (foto ao lado), iniciou a construção do Ginásio César Ribeiro, dando aspectos definitivos como a nova e, portanto, quarta sede social do clube. Títulos patrimoniais foram lançados e a campanha teve o êxito previsto, e o prédio do ginásio esportivo foi concluído (1965).
O novo presidente, Paulo Pires, iniciou a construção do Parque Aquático, continuada pelo seu sucessor, Ermírio Leite, e concluída (1973) pelo presidente Maurício Almeida. Este parque aquático, trouxe lazer por mais de vinte anos para os abnegados sócios e seus familiares, que tanto se divertiram nas suas piscinas e usufruindo do serviço de bar ao lado das mesmas, especialmente nas manhãs de domingos e feriados.
Este significativo patrimônio de edificações, que foi iniciado por pouco mais de 20 sócios nos idos de 1915 e que chegou a ser integrado por mais 2 mil contribuintes no início dos anos 80, foi completamente demolido (caso do parque aquático) ou abandonado e sem condições de uso e quase irrecuperável (caso do ginásio) ou ainda tristemente depredado (boate cartola), em conseqüências de seguidas administrações desastrosas e irresponsáveis, promovendo esta catástrofe na história dos verdadeiros "raposeiros". Em 2003 o clube tinha cerca de 40 associados que contribuiam regularmente e que conviviam com a esperança de dias melhores para o Campinense Clube.
A volta por cimaA partir de 2006, com a inauguração do Estádio Renatão, e a consequente subida da Série C de 2008 para à Série B em 2009, o clube passa a viver dias de glórias, esperanças e conquistas para o futebol da Paraíba.