A fundação do Clube Atlético Bragantino aconteceu no dia 08 de janeiro de 1928 por dissidentes do Bragança Futebol Clube. Em sua primeira década teve uma alternância praticamente anual de presidentes. O primeiro deles foi Ismael de Aguiar Leme.
Como único representante da cidade, o Bragantino estreou no profissionalismo em 1949, terceira temporada da Lei do Acesso, quando disputou a 2ª Divisão do Campeonato Paulista. Após um breve período de instabilidade, o time firmou-se na divisão em 1956, disputando-a por 10 temporadas seguidas.
Foi neste período, em 1958, que chegou à presidência Nabi Abi Chedid. Sob seu comando, em 1965, o time conquistou o título da 1ª Divisão (equivalente à atual A2) e o acesso à elite do futebol paulista.
A estreia na Divisão Especial deu-se em 1966, mas o Bragantino não fez uma boa campanha e acabou rebaixado no mesmo ano, voltando à 1ª Divisão em 1967, onde ficaria até 1971.
A década de 1970 foi a pior da história do Bragantino. O clube esteve licenciado por quatro temporadas e disputou a 5ª Divisão em 1978 e 1979, ano em que conquistou o título sob a presidência de José Roberto Bonucci. Em 1980, o time voltou a ter regularidade nas competições da Federação Paulista, disputando-o por nove temporadas seguidas. Em 1987, quando o Bragantino estava prestes a ser rebaixado para a 3ª Divisão, foi montado um grupo de apoio, encabeçado por Jesus Abi Chedid, Nabi Chedid - na época deputado estadual e dirigente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) - , e seu filho Marco Antonio Abi Chedid, trouxeram alguns reforços para o clube evitando, desta forma, mais um rebaixamento.
O título da 2ª Divisão veio em 1988, com grande atuação da família Chedid, tendo Jesus na presidência, com Nabi e Marquinho dando todo suporte necessário. A conquista inaugurou a fase áurea do Bragantino. O time chegou à elite e tornou-se protagonista na temporada 1990, quando conquistou o título na “final caipira”, contra o Novorizontino.
Foto do Clube Atlético Bragantino, Campeão Paulista 1990
O time da conquista é inesquecível para os torcedores do Bragantino: Marcelo; Gil Baiano, Júnior, Carlos Augusto e Biro Biro; Mauro Silva, Ivair e Mazinho; Tiba, Mário e João Santos. Vale ressaltar que o zagueiro e capitão Nei não pôde jogar a partida final em função de uma lesão. O técnico era Vanderlei Luxemburgo, que iniciava sua vitoriosa carreira.
No ano seguinte, o time ainda chegaria à final do Campeonato Brasileiro, sob o comando de Carlos Alberto Parreira, perdendo a decisão para o São Paulo.
Está na memória do torcedor bragantino o gol marcado por Franklin, no primeiro jogo da semifinal diante do Fluminense, que calou o Maracanã lotado e deu a classificação ao clube para a final com a vitória por 1 a 0.
Após essa brilhante campanha Parreira foi para a Seleção Brasileira e conquistou a Copa do Mundo de 1994, nos EUA. Nessa época de ouro do Bragantino, seis jogadores chegaram a ser convocados para a seleção: Gil Baiano, Mauro Silva, Mazinho, Alberto, João Santos e Sílvio. Feito inédito para um clube do interior e jamais alcançando novamente. Mauro Silva disputou a Copa de 1994.
A diretoria também fez grandes negociações com o futebol do exterior. Mauro Silva foi vendido para o La Coruña, da Espanha. Mazinho para o Bayern de Munique, o maior clube da Alemanha e um dos maiores do mundo.
Em grande fase, o Bragantino tornou-se figura frequente na Copa Conmebol, torneio sulamericano, e fazia boas campanhas nos campeonatos paulista e nacional de elite. Enfim, o Bragantino não ficava atrás de nenhum time grande.
Mas o rebaixamento no Paulistão, em 1995, foi um golpe duro. A partir de então foram dez anos de dificuldades. O time acabaria rebaixado também no Brasileirão, em 1998, o que só aumentou a crise.
A volta aos bons resultados só começaria em 2005, quando o time conquistou o acesso para a Série A1, com Marquinho Chedid na presidência e o comando do técnico Marcelo Veiga.
Em 2006 o time ficou com o vicecampeonato da Copa Federação Paulista de Futebol, garantindo o direito de disputar a Série C do Campeonato Brasileiro no ano seguinte. Uma semana depois faleceu o presidente de honra e patrono do Bragantino Nabi Abi Chedid.
Em 2007 veio a quarta colocação no Campeonato Paulista, quando foram revelados Felipe, Zelão, Kadu, Moradei e Everton Santos, todos negociados com o Corinthians, além do título da Série C do Brasileiro.
No ano seguinte, já na Série B, o time fez uma boa campanha, terminando na sétima colocação. Em 2009 ficou em nono lugar. Terminou em oitavo em 2010 e em 2011 teve chances matemáticas de acesso até a última rodada, terminou em sexto. A derrota diante do ASA de Arapiraca na penúltima rodada, em Bragança, até hoje está engasgada na garganta do torcedor.
Já em 2012 o time escapou por pouco do rebaixamento. Iniciou muito mal a campanha na Série B e a falta de resultados culminou na saída de Marcelo Veiga. Roberto Cavalo não conseguiu acertar o time e foi demitido após quatro derrotas em quatro jogos. Foi então que chegou Vagner Benazzi, assumindo o time na zona de rebaixamento, e o que parecia impossível aconteceu: depois de ficar 12 pontos atrás do primeiro colocado fora da zona de rebaixamento, o Leão, como uma ave fênix, ressurgiu das cinzas, fazendo a quinta melhor campanha do segundo turno e se salvando da queda na última rodada ao vencer em casa o Boa Esporte-MG.
Com a mesma base de 2012 o time fez uma campanha razoável no Campeonato Paulista 2013 sob o comando do técnico Mazola Junior e terminou em 11º lugar, se mantendo na elite do futebol estadual.
Na Série B do Campeonato Brasileiro, a promessa do presidente Marquinho Chedid em montar um grande time e brigar pelo acesso não se concretizou. Sobrou para o técnico Vagner Benazzi, demitido após retornar com status de ídolo. Mesmo contrariando a vontade da grande maioria da torcida, Marcelo Veiga retornou.
O time piorou e além de não brigar pelo acesso passou a lutar contra o rebaixamento. O Braga se salvou na penúltima rodada com uma vitória em Belém, diante do Paysandu, curiosamente comandado por Benazzi.
Em 2014, o time chegou até as quartas de final do Paulistao, e terminou na 16ª colocação na Série B do Campeonato Brasileiro, se salvando do rebaixamento nas últimas rodadas.
No ano de 2015, o Bragantino teve a segunda pior campanha do Campeonato Paulista, conquistando sete pontos, consequentemente, sendo rebaixada para a Série A2 do estadual. No campeonato Brasileiro Série B, lutou até as últimas rodadas para conquistar o acesso á elite nacional, mas ficou na sexta colocação. Cinco pontos o separou do sonho.
MUDANÇA DE NOME PARA RED BULL BRAGANTINOFormado a partir da fusão do Red Bull Brasil, que foi representado pelo CEO Thiago Scuro, e pelo Bragantino, que teve o presidente Marquinhos Chedid como homem de frente no início de 2019; o departamento de futebol do Bragantino foi integralmente assumido pela Red Bull, que passou a tomar as decisões sobre o tema, assumindo também os custos da equipe. Inicialmente, a equipe disputou a Série B do Brasileiro (conquistou o título) apenas com nome Bragantino. Em 2020 passou a se chamar definitivamente Red Bull Bragantino, sofrendo algumas modificações, principalmente no escudo.
O tradicional escudo do clube - utilizado até 2019; e o novo, todo modificado, em uso desde o primeiro dia de 2020.
MASCOTES
LEÃO - O "ANTIGO" MASCOTEEm 1944, o maior rival do Bragantino no futebol era a equipe amadora do Bragança FC. Naquele ano, o time chegou a contratar alguns atletas importantes da Capital para derrotar seu "inimigo" número 1.
Mesmo com uma equipe teoricamente inferior, o Bragantino derrotou o Bragança. E como forma de homenagear o clube, Cícero Marques, então presidente do Bragantino, mandou fazer um quadro com a figura do Leão. Desde então, o 'rei dos animais' virou a mascote do clube.
TORO LOKO - O "NOVO" MASCOTEDesde 2020, o velho Leão ganhou a companhia do Toro Loko. O jovem e novo mascote do Massa Bruta é dinâmico, apaixonado por esportes (principalmente o futebol, é claro), arrisca uns passos de dança, não tolera qualquer tipo de discriminação e nunca, mas nunca mesmo, fica parado.
Por sua ousadia e espírito inovador, muitas vezes parece ter asas e algumas pessoas juram já terem visto o Toro Loko levantar vôo. Eu não duvido, e você? Afinal, o céu não pode ser o limite para quem sempre desafiou a lógica e carrega a alcunha de "Loko" em seu nome.