Título original: Baré, bicampeãoHá um lugar no Brasil tão longe do resto e com características tão próprias, que uísque estrangeiro é mais barato que Brahma, Placar custa Cr$ 10,00 no mercado negro e as pessoas ganham a vida achando ouro.
Por enquanto, sua maior ligação com o resto do país é a disposição de seus 48 000 habitantes (8 000 militares) para abrir estradas e para jogar bola.
Baré, GAS, Roraima, São raimundo, São Francisco e Náutico são os seis clubes que disputam o Campeonato profissional de Roraima. Seu estádio atual já é bastante para ter rendas de até Cr$ 30 000,000, mas em 1972, segundo promessa do governador Hélio Costa Campos, será inaugurado o Estádio Canarinho, para 30 000 pessoas e com iluminação moderna.
O time de mais dinheiro é o GAS (Grêmio Atlético Sampaio), com seiscentos sócios, e que levanta sua verba com festas e recepções. Foi o campeão de 1969, quando o futebol aqui começou a tomar forma.
O outro grande é o Baré, time de maior torcida e que, para felicidade geral, sagrou-se bicampeão em 70/71.
Para vocês terem uma idéia do esfôrço e da dedicação com que nasce o futebol em Roraima: o coronel Mena Barreto, comandante do 2° BEF (Batalhão Especial de Fronteira), trabalha de graça como preparador físico dos seis clubes, além de ajudá-los no que é possível.
Mas, nessa curta história, o Baré é o grande nome: nunca perdeu para os grandes do Amazonas, e tem 22 partidas invicto.
Por essas e outras é que, do meio da selva, vem um apêlo à CBD: apóie o futebol de Roraima.
Abaixo o recorte da Matéria da Revista placar.

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