A FundaçãoO glorioso América Futebol Clube foi fundado no feriado de 14 de julho de 1915, no feriado nacional comemorativo à queda da bastilha, na residência do Juiz Joaquim Homem de Siqueira, situada na rua Vigário Bartolomeu, que posteriormente serviu de local para guardar o material do clube.
A diretoria provisória foi formada por Francisco Lopes de Freitas, presidente; Oscar Homem de Siqueira, vice-presidente; Getúlio Soares Ferreira, orador; Manoel Coelho Filho, primeiro secretário; Napoleão Soares Ferreira; segundo secretário; José Fernandes de Oliveira, diretor de esportes; José Lopes Teixeira, tesoureiro e João Batista Foster Gomes da Silva, cobrador.
Nesta reunião foi determinado que o clube teria o nome de América Football Clube, e que o traje seria jaqueta azul e o calção branco. A bandeira oficial seria azul, tendo no centro um círculo branco e sobre este, as letras AFC, não sendo discutido o estatuto do clube. As cores atuais (vermelho e branco) é de 1918, com a personificação jurídica do clube.
As três versões sobre os fundadoresExistem três versões sobre os nomes que fundaram o América. A primeira delas, do então Juiz de Direito de Acari, Dr. Oscar Homem de Siqueira, que nominou como 25 o número de fundadores.
A segunda, divulgada na edição de 11 de setembro de 1983 de “O Poti”, consta uma relação de 27 pessoas, entre elas, Abel Viana, Antonio Rocha, Aníbal Ataliba, Aguinaldo Tinoco, Aguinaldo Câmara, Aguinaldo Fernandes, Armando Cunha, Augusto Servita Pereira, Caetano Soares Ferreira, Carlos Laet, Caos Fernandes Barros, Carlos Homem de Siqueira, Clóvis Fernandes, Francisco dos Reis Lisboa, Francisco Lopes de Freitas, Getúlio Soares Ferreira, José Artur dos Reis Lisboa, José Fernandes de Oliveira, José Lopes Teixeira, Lauro de Andrade Lustosa, Manoel Coelho Filho e Máeira e Sidrack Caldas.
A terceira versão para a fundação do time rubro é bastante interessante. Consta que o Coronel Júlio Canavarro de Negreiros Melo, no dia 3 de junho de 1918, destruiu a única bola que o clube tinha para treinar e jogar, e aí, o América foi obrigado a possuir personalidade jurídica para poder entrar com uma ação indenizatória. Para tanto, registrou os Estatutos pela primeira vez no dia 3 de julho de 1918, no Primeiro Ofício de Notas, em documento assinado pelo então presidente Oswaldo da Costa Pereira.
A primeira partida realizada pela nova equipe de Natal ocorreu no dia 26/09/1915, contra a equipe que seria posteriormente seu maior rival, o ABC. Nessa partida, que foi vencida pelo ABC por 4 a 1, o América de Natal atuou com: Oscar Siqueira, Lélio e Gato, Carvalho, Gallo e Barros, Antônio, Carlos Siqueira, Neco, Garcia e Pipiu.
Já a primeira partida oficial foi realizada entre ABC e América de Natal e ocorreu em 15 de Setembro de 1918 pelo campeonato estadual de 1918, que não foi finalizado. O América venceu a partida pelo placar de 3 a 0, com gols de Arnaldo, Pinheiro (contra) e Nilo Murtinho Braga.
SEDE SOCIALA “Babilônia” transformou o Tirol
(*)A comparação é bastante batida, mas a repetição é inevitável. O bairro do Tirol teve duas fases: antes e depois da majestosa sede do América na avenida Rodrigues Alves.
Até o final dos anos 50, havia a pequena sede social localizada no mesmo terreno porém com a frente para a rua Maxaranguape. Era um prédio simples, de longe ás vezes parecendo até um imenso galpão, onde o clube chegou a realizar grandes festas, disputando a liderança com o “rival” Aero Clube.
Sentindo que o clube havia crescido demais e precisava de oferecer a seus associados uma sede maior e mais moderna, um de americanos da velha guarda, tais como Humberto Nesi, Osório Dantas, Heriberto Bezerra, Humberto Pignataro, Adalberto Costa, Ruy Barreto, e entre outros resolveu arregaçar as mangas enfrentar a barra.
Logo tratou de parar com futebol profissional, a título de economia, consolidando o projeto a partir de 1960, quando se licenciou da federação. Construiu sua sede monumental e aí mudou a vida noturna do bairro. As festas na “Babilônia” praticamente fechavam as ruas próximas ao clube e, no Carnaval, virava um pandemônio. As grandes noitadas de Momo reuniam cinco mil pessoas, que ninguém sabe como cabiam ali dentro.
A partir daí, o bairro virou zona nobre da cidade, o preço foi para as alturas.
Utilidade PúblicaNo dia 03 de outubro de 2003 foi publicado no Diário Oficial do Município a Lei n° 5.493, de autoria do vereador Hermano Morais, reconhecendo o América Futebol Clube, como de Utilidade Pública Municipal.
Em 07 de novembro de 1928, através da Lei 707 o clube foi reconhecido como de Utilidade Pública Estadual.
SÍMBOLOS
Dragão, a mascote; Uniforme n° 1 e 2 (2008)