A data de 20 de maio de 2007 entra para a história com o milésimo gol do baixinho Romário, de pênalti, aos 02 minutos do segundo tempo, no jogo Vasco da Gama 3 x 1 Sport Recife, no estádio de São Januário/RJ, válido pelo campeonato brasileiro. Magrão, goleiro do adversário, acabou entrando para a história.
É certo a contestação por grande parte da imprensa e torcida brasileira do gol de número mil do baixinho. Mas mesmo maqueando o tal "gol 1000", Romário entra para história do mesmo jeito que Pelé, fez o gol de penalty e do mesmo lado (esquerdo do goleiro) que o rei.
Foram 361 minutos de suspense e angústia desde que marcou o gol 999, contra o Flamengo. Mas o Baixinho fez o gol de pênalti, quando o relógio marcava 19h17m. E o Vasco, então, fazia 3 a 0 no Sport. O gol saiu aos 2 minutos do segundo tempo. E foi muito parecido com o milésimo gol de Pelé. Mesmo lado do campo, uma paradinha antes do chute, mesmo lado da trave. Apenas o goleiro pulou para o lado errado. E Romário acabava com uma agonia que durou outros quatro jogos, contra Flamengo, Botafogo (duas vezes) e Gama.
Dona Lita, sua mãe, que acabou ficando com a camisa do milésimo gol, e todos os seus familiares desceram ao gramado para abraçar o craque vascaíno. A bola do jogo ficou com Romarinho, filho do camisa 11 cruzmaltino.
Essa empreitada do baixinho se iniciou em 25 de novembro de 1979, ainda como infantil do Olaria-RJ, na vitória por 5 a 1 diante do América-RJ, pelo campeonato carioca - nesta partida o baixinho fez três gols.
Durante toda sua carreira, Romário defendeu 10 clubes, a seleção do Brasil de juniores, Olímpica e principal e a seleção do estado do Rio de Janeiro. Fez 77 gols como amador, 19 em jogos festivos e 905 gols no futebol profissional, em 1251 jogos até esta data histótica.
As maiores vítimas de RomárioEntre todos os clubes, o que mais sofreu gols do atacante foi o Botafogo, 31 no total. É também o único dos chamados grandes do futebol carioca em que o atleta nunca atuou.
Clube em que iniciou carreira como infantil, o Olaria foi o segundo, sofreu um total de 24 gols. Contra o Olaria Atlético Clube, o Baixinho chegou a fazer cinco gols num só jogo.
Fora do estado do Rio de Janeiro, o clube em que marcou o maior número de gols foi o Palmeiras - 22 gols, três deles na histórica virada na final da Copa Mercosul de 2000 em que o Vasco venceu por 4 a 3.
O Madureira foi o clube que sofreu o centésimo gol da carreira do craque, quando jogava pelo Flamengo. Além do Madureira, América carioca e Fluminense sofreram 21 gols do baixinho. Contra o Fluminense, o craque levou seis anos a fazer um gol. O Volta Redonda sofreu 20 gols.
Entre as maiores vítimas do futebol paulista está o Corinthians - 19 gols.
No ano de 2000, Romário chegou a marcar quatro gols numa única partida contra o Americano de Campos. No total, o rival sofreu 18 gols.
Finalizando os "Top 10", o Flamengo, clube em que conquistou e tirou titulos, fez 17 gols. Na final da Taça Guanabara de 2001, fez três gols. Em cima do Flamengo, jogando pelo Vasco, o baixinho conquistou três campeonatos.
Clubes em que atuou como atleta profissionalCR Vasco da Gama (1985-88, 1999-2002, 2005-08)
Romário estreou como profissional em 1985 e permaneceu em São Januário até 1988, quando foi negociado com o PSV. Após 11 anos, o artilheiro voltou. Acabou passando por confusões em 2002 e acertou sua transferência para o Fluminense. Apesar das confusões, o atacante decidiu chegar à marca de mil gols com a camisa cruzmaltina.
PSV (1988-93)
Contratado junto ao Vasco por US$ 5 milhões, Romário marcou época no clube holandês e levou três títulos em sua passagem, além de ter sido artilheiro quatro vezes de forma consecutiva. Ele foi o primeiro jogador colocado no "Hall da Fama" do time.
Barcelona (1993-94)
No Camp Nou, Romário teve um início arrasador na pré-temporada, marcando dezessete gols em doze partidas. Com o sucesso no time azul-grená, ele conseguiu recuperar o seu espaço na Seleção Brasileira e conquistou o título espanhol da temporada 1993-94. Porém, surpreendeu e decidiu retornar para o futebol brasileiro em 1995. No clube catalão, conquistou o título de Melhor Jogador do Mundo pela Fifa, em 1994.
Flamengo (1995-96, 1997 e 1998-99)
Na Gávea, Romário chegou como a grande estrela e formou o chamado "ataque dos sonhos", com Sávio e Edmundo. Porém, o trio acabou não se entrosando e o atacante fracassou em sua primeira temporada no clube rubro-negro. No ano seguinte ele se recuperou e levou o Carioca de 1996. Após passagem apagada pelo Valencia, ele retornou ao clube rubro-negro em 1998.
Valencia (1996-97)
No retorno ao futebol espanhol em 1996, Romário enfrentou uma série de problemas com lesões e desempenho apagado no campo e não conseguiu repetir a atuação que teve com a camisa do Barcelona. Acabou voltando por empréstimo à equipe espanhola no ano seguinte, porém também não obteve sucesso.
Fluminense (2002-03 e 2003-04)
Em sua terceira equipe grande no Rio de Janeiro, Romário oscilou entre boas atuações e seguidas lesões. Um dos melhores momentos foi ter ajudado o clube a chegar à semifinal do Brasileiro, em 2002. No ano seguinte, ele marcou sua passagem pelas confusões: agredindo um torcedor que o irritou durante um treino e dando um soco no zagueiro Andrei, companheiro de equipe, na derrota para o São Paulo.
Al Sadd (2003)
Iludido pelos "petrodólares", Romário teve uma passagem relâmpago pelo futebol do Catar e decidiu retornar rapidamente ao Fluminense. Acabou passando em branco e não marcou um gol sequer pelo time do Oriente Médio.
Miami FC (2006)
Sonhando com o milésimo gol, o atacante foi jogar nos Estados Unidos por uma liga menor. Pelo clube marcou 22 gols em 29 partidas. Acabou se transferindo para a Austrália.
Adelaide United (2006)
Na Austrália, Romário fez um número limitado de partidas e não conseguiu a seqüência de gols esperada pelos torcedores. No Adelaide, o artilheiro saiu com apenas um gol marcado em quatro jogos.