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De ‘patinho feio’ a campeão da Europa. Assim é a história de Portugal e de Éder na Euro 2016. As críticas que o jogador e a seleção ouviram acabaram por ser caladas perante 60 mil franceses em pleno Stade de France, com um triunfo sofrido por 1 a 0 na prorrogação, num jogo onde praticamente não pode contar com o seu capitão, Cristiano Ronaldo, que saiu lesionado ainda no primeiro tempo.

Eder faz gol do titulo de Portugal na Euro 2016

O espírito de sobrevivência e a união entre os jogadores guiou Portugal até este feito, depois de um empate a zero no tempo regulamentar. A França dominou o jogo durante mais tempo, mas a Seleção Portuguesa demonstrou enorme resistência e coesão para segurar o período de maior dominio dos franceses.

Num Stade de France claramente a pender para a seleção anfitriã, o onze português contou com duas novidades face ao jogo com o País de Gales: as entradas de Pepe e William para os lugares de Bruno Alves e Danilo. Já do lado francês, o treinador Didier Deschamps repetiu a equipe que bateu a Alemanha na semi-final.

E quem entrou melhor foram mesmo os anfitriões. Apesar de uma investida de Nani logo aos quatro minutos, os ‘bleus’ dominaram claramente o jogo e cedo ameaçaram o gol de Rui Patrício. Aos 10’, Griezmann cabeceou para a primeira grande defesa do guardião português. Mais se seguiriam…

Entretanto, Portugal sofreu um grande golpe. Uma falta de Payet sobre Cristiano Ronaldo, que o árbitro Mark Clattenburg não marcou, deixou o capitão com dores no joelho esquerdo. As lágrimas do capitão foram inevitáveis e este teve mesmo de ser substituído por Ricardo Quaresma. Agora, fazer história seria ainda mais épico sem Cristiano Ronaldo. E se Deschamps não conhecia um plano para anular Ronaldo, a entrada dura de Payet deu boa conta do recado.

Sem Ronaldo e já com Quaresma em campo, Portugal acabou até por conseguir alguma estabilidade no meio-campo, mostrando-se cada vez menos permeável a nível defensivo. Porém, ficou com ainda menos peso no ataque para conseguir bater Lloris.

No segundo tempo, a França voltou a entrar melhor em campo. Inspirada pelas arrancadas de Sissoko e Griezmann, os franceses empurravam progressivamente a equipe das quinas para o seu reduto defensivo. E já depois de Griezmann ter voltado a ameaçar de cabeça, o treinador Fernando Santos voltou a mexer na equipe, ao lançar João Moutinho para o lugar de Adrien.

Portugal conseguiu reorganizar-se e passou a sair mais frequentemente em contra-ataque, muito graças às movimentações de João Mário e de Nani. Esse espírito quase foi recompensado aos 80, quando Nani e Quaresma obrigaram Lloris a mostrar a sua qualidade para evitar o gol português.

Quase a o fim da partida, Giroud e Sissoko obrigaram Rui Patrício a brilhar novamente, tendo depois o goleiro português visto Gignac – que entrara no lugar de Giroud – chutar em sua trave já nos descontos. A sorte continuava a proteger Portugal.

Na prorrogação, Portugal agigantou-se e não teve medo de ser feliz. Se Raphael Guerreiro chutou na trave aos 108 minutos, a justiça veio logo em seguida. Éder ganhou espaço no meio, livrou-se da marcação francesa e chutou colocado a 30 metros da baliza de Lloris, que não teve como defender. Estava feito o gol que mudou a história do futebol português. Agora, a festa segue por todo esse mundo português. Em Paris, Lisboa e onde haja um português…

FICHA TÉCNICA: PORTUGAL 1 X 0 FRANÇA
Local : Stade de France, em Paris (França)
Data : 10 de julho de 2016 (Domingo)
Horário : 16h (de Brasília)
Árbitro : Mark Clattenburg (Inglaterra)
Assistentes: Simon Beck (Inglaterra) e Jake Collin (Inglaterra)
Cartões amarelos: Cédric, João Mário, Raphael Guerreiro, William Carvalho, Rui Patrício (POR), Umtiti, Matuidi, Koscielny, Pogba (FRA)
GOL: Éder - 3'/2°T da Prorrogação (1-0)

PORTUGAL : Rui Patrício, Cédric, Pepe, José Fonte e Raphael Guerreiro; Willian Carvalho, João Mário, Adrien Silva (João Moutinho - 21'/2°T) e Renato Sanches (Eder - 33'/2°T); Nani e Cristiano Ronaldo (Ricardo Quaresma - 24'/1°T). Técnico : Fernando Santos.

FRANÇA : Lloris; Sagna, Koscielny, Umtiti e Evra; Matuidi, Pogba e Sissoko (Martial - 4'/2°T P); Payet (Coman - 12'/2°T), Griezmann e Giroud (Gignac - 32'/2°T). Técnico : Didier Deschamps.

Confira Confira a história e os campeões da Eurocopa.