O Brasil ainda discute maneiras de legalizar as apostas esportivas online no país, assim como os jogos de azar. Proibidos há 75 anos, ambas as modalidades têm visto o número de adeptos crescer exponencialmente, à despeito da insegurança jurídica que reina no país atualmente. Projetos de Lei avançam na Câmara dos Deputados e no Senado, mas a discussão das propostas no plenário do Congresso, e suas respectivas aprovações, ainda é incerta.
Diante disso, o país perde a chance de arrecadar imposto, tributar empresas, gerar empregos e turbinar os cofres públicos em um momento de crise financeira e dificuldade para arranjar dinheiro, que podem ser utilizados em programas sociais e obras de infraestrutura, por exemplo. Especialistas no mercado de apostas e na regulação de jogos de azar são unânimes ao dizer que o Brasil está deixando de montar em um cavalo que está selado, à espera de quem saiba aproveitar essa oportunidade.
No Brasil, as empresas têm apostado, por enquanto, no futebol e nas promoções. É o caso da Betano, da Bett365 e da Betsul – veja, por exemplo, o
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Situação diferente vive os Estados Unidos, que têm conseguido se adequar rapidamente às mudanças de um setor que não para de crescer. E não apenas financeiramente. A indústria de apostas esportivas, sobretudo online, está intensificando um processo veloz de mudanças tecnológicas, inserção de novas funções e modalidades, para que apostadores jovens e tradicionais desfrutem da experiência.
Para os legisladores brasileiros, é importante ter informações sobre o mercado e a maneira como ele está sendo formulado em outros países. As apostas esportivas e os jogos de azar estão proibidos no Brasil desde 1946, após decreto do presidente Eurico Gaspar Dutra. De certo modo, portanto, o país ficou para trás quando comparamos com outros países, como Estados Unidos e Inglaterra.
Nos EUA, por exemplo, estudos recentes mostram que o mercado global de jogos de azar online valerá quase US $ 100 bilhões (cerca de R$ 600 bilhões) em 2023, de acordo com um estudo da statista. Esse avanço acontece em um momento no qual o setor garante maior segurança jurídica no país, investe em tecnologia pesada e consegue atrair um público cada vez mais diversos, sobretudo entre os jovens.
Para se ter uma noção do caminho percorrido na terra do Tio Sam, em 2018, a Suprema Corte dos EUA legalizou as apostas esportivas como uma indústria comercial. Isso levou muitas plataformas de jogos online a impulsionar o rápido crescimento. Em paralelo, a pandemia causada pela Covid-19 fechou cassinos físicos e impulsionou ainda mais a procura por plataformas na internet.
Embora Las Vegas, em Nevada, ainda seja a meca suprema como a capital do jogo do mundo, com hoteis imponentes e cassinos luxuosos, seu trono está seriamente ameaçado, já que a arrecadação de outra cidade tem sido cada vez maior no que diz respeito às apostas. A cidade de Nova Jersey responde pelo maior mercado de jogos de azar online regulamentados nos Estados Unidos, com um mercado que já movimenta cerca de US $ 225 milhões por ano, mais de R$ 1 bilhão.
Os analistas também apontam que o estado da Pensilvânia percorre um caminho semelhante para se tornar um mercado extramamente atraente entre os apostadores do país. Isso porque, o estado é, atualmente, o que mais legalizou ou criou leis para regularizar as apostas online, com a liberação de operadores e empresas atuando na região.
Além da esfera legislativa, empresas de tecnologia estão cada vez mais atuantes em conjunto com sites de apostas esportivas. A introdução da Realidade Virtual, por exemplo, já é algo consolidado e que leva o jogo online à outra atmosfera, muito diferente do que tem sido oferecido ao longo da última década, por exemplo.
Em um contexto de crescimento de demanda, os EUA estão criando um cenário cada vez mais favorável às apostas. Com isso, o país consegue arrecadar impostos, criar empregos e fortalecer sua indústria local de entretenimento. O Brasil também pode se beneficiar dos mesmos processos, mas, para isso, preciso caminhar em outra direção.