Competição extinta organizada com aval da Conmebol e da Uefa disputada por clubes campeões da Copa Intercontinental ou Euro-América, separada por continente (zona). O vencedor de cada zona (continente) fazendo a final. Foi disputada apenas duas edições devido a recusa dos clubes europeus pelo torneio.
A competição foi idealizada pelas três equipes da América do Sul, até então, campeãs da Copa Intercontinental - Santos, do Brasil, Racing Club, da Argentina e Peñarol, do Uruguai em finais de 1967. A idéia era de usufruir desta conquista única que até o momento Santos e Peñarol haviam conquistado por duas vezes e Racing com uma conquista.
O primeiro torneio foi anunciado em Buenos Aires, na Argentina no final de 1968 pelos dirigentes do Racing e Peñarol, mencionando que a partir da edição de 1969, incluiriam o Estudiantes de La Plata, da Argentina, que em 16 de outubro de 1968, havia conquistado a Copa Intercontinental, ao vencer o Manchester United, da Inglaterra.
A iniciativa dos clubes teve uma recepção positiva na Conmebol, que em seguida, contactou a Uefa para a realização de um torneio semelhante na Europa.
A Uefa resolveu criar a Zona Européia que envolveria Real madrid e Inter de Milão, as únicas equipes que haviam conquistado a Copa Intercontinental no continente, em uma partida eliminatória e, o vencedor desta partida enfrentaria o vencedor da Zona Sulamericana, criando-se uma terceira competição, a Zona Intercontinental. Mas o Real Madrid desistiu da partida e do compromisso firmado, ficando a Internazionale, aguardando o campeão da Zona Sulamericana de 1968/69. E em 1969, o Santos venceu a Inter de Milão numa final realizada na casa do adversário - esta foi a única vez que se disputou a Zona Intercontinental.
A Zona Sulamericana de 1969 teve como campeão o Peñarol, do Uruguai, que era dirigido pelo brasileiro Osvaldo Brandão e que contava com figuras históricas como o goleiro Ladislao Mazurkiewicz, o chileno Elias Figueroa, Pedro Virgilio Rocha, Alberto Spencer e Juan Joya. Do lado europeu, participariam a Internazionale, o Real Madrid e o AC Milan, que havia conquistado a Copa Intercontinental de 1969, mas não se realizou e a competição da Zona Intercontinental se extinguiu.
Uma terceira edição da Zona Sulamericana foi marcada pela Conmebol para 1970 e acabou por não se realizar. O desinteresse dos clubes foi a principal causa da extinção da Supercopa, que havia tido uma boa recepção do público e da imprensa e grandes jogadores em campo.
A Supercopa será, inclusive, reconhecida no Ranking de Clubes da Conmebol, segundo informações no site da Conmebol em 15 de dezembro de 2006.
Zona Sulamericana |
Ano |
Campeão |
Vice |
1969 |
Peñarol (Uruguai) |
Racing (Argentina) |
1968/69 |
Santos FC (Brasil) |
Peñarol (Uruguai) |
|
Zona Européia |
Ano |
Campeão |
Vice |
1968/69 (*) |
Internazionale (Itália) |
Real Madrid (Espanha) |
(*) O Real Madrid desistiu da disputa. |
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Zona Intercontinental |
Ano |
Campeão |
Placar |
Vice |
1969 |
não disputado |
- |
- |
1968/69 |
Santos FC (Brasil) |
1 x 0 |
Internazionale (Itália) |
Data: 24/06/1969 Estádio: San Siro Cidade: Milão/ITA Público: 44.774 Árbitro: Mario Ortiz de Mendibil (Espanha) Gol: Toninho aos 12 do 2° tempo.
FC Internazionale: Ivano Bordon; Tarcisio Burgnich, Cesare Poli; Gianfranco Bedin, Aristide Guarnieri, Giancarlo Cella; Jair da Costa, Sandro Mazzola, Angelo Domenghini, Mario Corso, Giovanni Vastola. Tec.: Maino Neri.
Santos: Claudio (Laercio, aos 14 do 1° tempo)); Carlos Alberto, Ramos Delgado, Djalma Dias, Rildo; Clodoaldo, Negreiros; Pelé; Edú, Toninho, Abel. Tec.: Antoninho.
*SANTOS FC FICOU COM O TITULO* |