RIVAIS PARA SEMPRE
(Argentina x Inglaterra)
Artigo publicado em por Lúcio Humberto Saretta
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Tudo começou no dia 9 de maio de 1951. Nessa data, enfrentaram-se pela primeira vez as seleções da Argentina e Inglaterra. Talvez esse seja o clássico mais emblemático entre países sul-americanos e europeus, aquele que possui uma rivalidade mais marcante. Pois naquele dia, em Wembley, a história começou a ser escrita em grande estilo. O placar apontava vantagem mínima para os argentinos, gol de Boyé, um ponteiro direito muito querido pelo torcedor de seu país. Seu apelido era “El Atómico”, pela potência de seus chutes e cabeçadas , tendo brilhado primeiro no Boca e depois no Racing. Mas o personagem que passou para a galeria de heróis foi Miguel Angel Rugilo, goleiro do Vélez. De perfil arrojado e voador, Rugilo passou a defender toda e qualquer investida do “english team”, recebendo o apelido de “León de Wembley”. Ainda que os ingleses tenham feito dois gols e virado a partida, o primeiro capítulo de uma saga já estava registrado.
Londres em 66 era uma cidade psicodélica. As meninas de mini-saia deliravam ao som dos Beatles. Mas, naquele mês de julho, o que estava em jogo era mais uma taça Jules Rimet. E com um estádio de Wembley preenchido por uma multidão, realizou-se um dos capítulos mais dramáticos e perturbadores da nossa lista. Como esquecer a expulsão de Rattín, justo quando a Argentina finalmente tinha montado um time competitivo para disputar uma Copa? O técnico Juan Carlos Lorenzo tinha no nosso bom Antonio Ubaldo uma figura chave, um líder. Além disso, Perfumo na zaga, Artime e o pícaro Oscar Más no ataque. Tudo em vão. Jogada ensaiada da dupla de ataque do West Ham: Peters cruza da esquerda e Hurst vence Roma com uma cabeçada perfeita. A Argentina caiu de pé. Após o jogo, a festa inglesa foi típica. Nas palavras do meio campista Stiles: “We all got well and truly drunk”.
(*) É autor de vários livros. Entre eles "Alicate Contra Diamante", onde Craques do futebol de ontem e de hoje são retratados de maneira envolvente, levando o leitor a uma viagem pelo tempo. Confira o Blog Lúcio Saretta.
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