Clube criado na decada de 1950 por Atemisto Vieira, tinha o nome de Estaca Zero, nome do qual era denominado o lugar.

O Estaca Zero foi o primeiro clube da nossa história.
Formado em sua base por jovens jogadores da família Vieira, como por exemplo: Zé Vieira, Quindim, Vieira, entre outros; mas o que mais se destacava era o craque Atemisto Vieira.
Titulo 1959 - (Estaca Zero - Primeiro Campeão da História - foto abaixo)
Coincidentemente enquanto o Brasil tinha em 1959 seu primeiro campeonato nacional, tínhamos nosso primeiro campeonato municipal.
Os campos por onde o Estaca Zero passava era o palco de espetáculos do show de bola de Atemisto Vieira.
Finalmente seria posto a prova, através de campeonato, o ano era 1959.
O campo era onde hoje se localiza a parte urbana,
testemunhas afirmam que o campo era mais ou menos próximo ao que hoje é a resistência do senhor Luiz Amaro.
E a equipe liderada por Atemisto Vieira depois da primeira fase, chegou na semifinal onde teve confronto com Santa Luzia, num duelo super difícil o time consegue a vitória com gol de Luiz e chega na grande final.
O confronto com Taperoá era o último desafio para o Estaca Zero em sua jornada para escrever seu nome para as gerações.
A equipe de Taperoá chegou a final não por acaso, e queria o título de campeão também.

A equipe adversária bem que tentou, mas não dava para segurar o time do Estaca Zero, que além da base composta pela família Vieira, tinha um trunfo na manga: Abel (foto ao lado em 2018).
O jovem Abel marcou os gols da vitória, correu tanto que estava exausto.
Ele conta: "Me cansei tanto, que depois fiquei perto do goleiro, fiquei um bom tempo conversando com ele".
Curioso fato é que o time jamais recebeu o troféu, pois o organizador da competição que era comércio local, e o patrocinador que era a prefeitura de Taperoá, já de antemão haviam dito que seria realizado um almoço para confraternização.
Uma pena pois deveria ter sido dada uma taça para essa importantíssima conquista.
Mesmo assim não devemos esquecer que mesmo por exemplo o Brasil teve a Jules Rimet, fora de sua estante, mas seu título é para a posteridade, mesmo assim mesmo que a taça não foi dada, ninguém pode tirar seu título.
Atemisto pode ser comparado a Charles Müller, que alem de ter introduzido o futebol, foi campeão do primeiro campeonato, e destaque e artilheiro, fontes afirmam que foram 8 ( oito) gols.
O pioneirismo de Atemisto Vieira é reconhecido, a praça no Marco Zero da cidade tem o nome dele, no meio desta praça tem um campinho de futebol.
Time: Zé Nezinho (goleiro), Humberrier, Amaro, Vieira, Zé Vieira, Acácio, Vieira, Quidim, Luizinho, Abel, Atemisto Vieira.
Demais jogadores:
Damião ( goleiro), Cícero, João, José, Augusto,
Zezinho, Zequinha.
Mudança de nomeÉ conhecido publicamente que na visita de Frei Damião ele tinha dito: " Enquanto esse lugar se chamar Estaca
Zero, nunca sairá do Zero".
Isso foi decisivo na mudança de nome tanto da localidade quanto do nome do time. O nome escolhido da localidade seria Assunção, o time em referência a padroeira escolheu o nome de 15 de Agosto, nessa época o time estava na liderança de Luiz Carestia, que era assistido por um jovem Manoel Batista.
Título de 1974Em 1974, uma "nova" formula de disputa acontecia em Assunção, a disputa era por pontos corridos.
Time titular: Aldim de Chico Pereira (goleiro); Paizinho,
Antônio Martiniano, Totôr, Chico Caçote, José Nabor,
Cachoeira, Louro de Chico Pereira, Atemisto Vieira,
Marcone e Chico de Louro.
Demais jogadores:
Luiz Martiniano (goleiro e jogador), Divá, Pipia,
Hernandes, Arnor Moreira, Arnaldo Moreira, Ademar
Sérgio, Joca de Pedro Grande, Bebinho e Zequinha.
Foi campeão invicto com antecedência, mais que isso tomou apenas um único gol em todo campeonato, e isso quando já quando o time já era campeão.
A partida foi contra o Beira Rio, gol contra do Zagueiro Hernandes. Mesmo assim o placar terminou 2x1 para o 15 de Agosto.
O esquadrão foi absoluto ganhou todos os jogos, teve 100% de aproveitamento, sendo que o jogo contra seu maior rival da época o Assunção, foi derrotado pelo esquadrão por 1x0.
Campeão absoluto de forma inquestionável show de bola, baile e balé de um timaço, primeiro campeão 100% da história.
Título de 1997-1998
Novamente o 15 voltava a ser reerguido, exatamente a idéia de remontar o time foi por causa daquele super time de
1974, e não apenas o do referido ano, mas de toda a história de seu elenco, seus jogadores um grande legado.
O campeonato de 1997, na realidade pode ser dito que é 1997-1998, pois foi jogado na maioria absolutamente esmagadora no ano de 1998.
E pela primeira vez foi realizado paralelamente o campeonato de segundo quadro.
Detalhe no regulamento que permitia que, jogadores inscritos no segundo quadro poderiam jogar no primeiro quadro, entretanto os inscritos no primeiro não poderiam jogar no segundo.
Outra coisa também é que o campeonato foi até hoje o maior, sendo disputado por sete times todos contra todos, em turno e returno, depois deveriam ser jogados dois jogos nas semifinais, depois dois jogos das finais.
O treinador era Lelé, e tinha um material humano muito bom: Reinaldo, Sicão, Dadá de Lindoval, Joseilton e Siri; Bogim, Branco de Lindoval, Marivando e Aroldo; Dimas Pereira e Josuel.
Além de um excelente arsenal que por muitas vezes estava no
time titular:
Ronaldo Pereira, Ribeirinho, Leandro de Cici, Antonio
Timóteo; além de jogadores que serviram ao quadro
principal.
A equipe sofreu muito a princípio pois não teve muito tempo para treinar, teve problemas no sistema defensivo, mas graças a Deus foram sendo superados.
Neste campeonato teve o placar mais dilatado até então, 15 de Agosto 8x3 Criciúma de Mucutú, no campo da Caixa D'água.
Esse Criciúma que tempos depois se tornou Vasco e conquista seu primeiro Campeonato Municipal em 2015, no troféu que homenageava o vascaíno Reinaldo Carlos da Silva, por 1x0 na final em cima do River Plate.
A defesa do 15 muito criticada até então foi uma referência de superação, pois o último gol tomado foi contra o Bandeirante de Osmar Diniz (treinador) e Josemberg ( jogador e presidente do time). Uma bola desviada no defensor Sicão, na ultima partida do segundo turno.
Isso até hoje é um feito inigualado, pois foram os quatro últimos jogos, de mata-mata (dois jogos de semifinal e dois jogos de final) do campeonato sem tomar gol.
O 15 se classificou em segundo lugar na classificação geral, e enfrentaria a Barra sendo o primeiro jogo na Barra, numa brilhante apresentação de Dimas Pereira que marcou dois, a Barra não se entregou e dificultou muito a vida do 15. No final terminou deixou a classificação encaminhada.
Na segunda partida em casa outro 2x0, e o passaporte para a final garantido.
Na outra semifinal São José surpreendia muitos ao eliminar o favorito Juventos, com uma vitória por 2x0 em casa, e uma derrota no campo da Caixa D'água pela contagem mínima.
A final de acordo com o regulamento seria no Campo da Caixa D'água em dois jogos.
As duas agremiações se enfrentaram na primeira fase, no primeiro turno vitória do 15 de Agosto 5x3, em Assunção sendo que quando o jogo estava 5x2 para o 15, São José marcou o terceiro, aproveitou o cansaço do time da casa e manteve uma grande pressão até o final, o 15 sofreu muito para sustentar o placar.
No returno Aroldo o maestro, e Dimas Pereira o craque da camisa 9, marcaram um gol cada um; Entretanto João de Serraria de barreira diminuiu e até o fim foi pressão total, mas o 15 de Agosto venceu o jogo na casa do São José, o time já não tinha pulmão pois o campo é muitíssimo arenoso, parecendo com uma grande caixa de areia que é usado por muitos clubes em pré-temporada.
O destaque ficou por conta de Damião Timóteo o popular Porco de Timotinho, que jogou os quatro tempos, isto é os dois do segundo quadro, mais dois do primeiro, e jogou muito sendo um zagueiraço tanto no desarme quanto no combate em todo tempo sendo leal.
Mas isso tudo era passado, agora era hora de decisão o campeonato deveria ser decidido em dois jogos.
O mando de campo da primeira partida era de São José e por isso o 15 deveria mudar de camisa, seu manto tricolor de azul, preto e branco, pelo verde e branco do segundo quadro.
O time entrou determinado e dentro de cerca de 20 minutos marcou 3x0. Com gols de Dimas Pereira aos 5, Josuel 10 e Marivando aos 20.
São José não se deu por vencido e reagiu mandou uma bola na trave esquerda de Reinaldo, que fez outras defesas, do outro lado o 15 chegava com perigo mas Marcone de Tota, evitava o quarto gol. A defesa do 15 bem compactada, com o meio era uma grande barreira, para o adversário.
No final do primeiro jogo um lance polêmico: Escanteio para São José, cabeçada de Mauricio bola no travessão a bola caprichosamente bate na linha no peito direito de Reinaldo que estava caindo e vai para o lado, o árbitro Ênio ( de Juazeirinho - PB) próximo ao lance deixou acertadamente o lance seguir.
Evidentemente houve por parte de alguns poucos jogadores reclamação mas sem razão. E o jogo terminou São José 0x3 15 de Agosto.
Como falamos estava acontecendo paralelamente o campeonato do segundo quadro, e após uma série de erros que vão desde, a falta de vontade de uns, má escalação de outro entre outros o segundo quadro do 15 após dois empates perdeu nas penalidades para o São José. Isso acendeu a luz vermelha de vez, no primeiro quadro, que deveria estar o tempo todo atento, para não sofrer uma derrota assim como o segundo.

A segunda partida não foi eletrizante quanto a primeira, porque logo aos 10 minutos Dimas Pereira manda uma bomba da entrada da área sem chances para o jovem e promissor goleiro Marcone de Tota, com um gol sofrido assim quando se tentava reagir foi um duro golpe na boa equipe de São José. O 15 por sua vez com muita competência soube administrar o jogo. O resultado termina 15 de Agosto 1x0 São José, é o fim do campeonato de 1997-1998, o 15 de Agosto vence no placar agregado de 4x0 um grande time que em 1994 havia chegado a outra final de municipal.
Merecido o título do time do povo, o 15 de Agosto, não tem a mancha imunda da exclusão, o 15 que havia conquistado o coração do povo, agora conquista o campeonato.
Time base: Reinaldo (goleiro); Sicão, Dadá de Lindoval, Joseilton e Siri; Bogim, Branco de Lindoval, Marivando e Aroldo; Dimas Pereira e Josuel.
Além de um excelente arsenal que por muitas vezes estava no time titular: Ronaldo Pereira, Ribeirinho, Leandro de Cici, Antonio Timóteo;
Jogadores do segundo quadro que serviram ao quadro
principal (jogaram ou foram relacionados para partidas):
Uraci ( goleiro), Bedelo (goleiro); Fabiano de Deca,
Pitõe, Tantinha, Damião Timóteo, Zezão de Ninho, Naldo
Baixinho, Nito de Pedro Lino, Marivaldo Firmino, Paulinho
de Marluci, Carlinhos de Lúcia, Jorge de Manezinho.
Título de 1999
O campeonato de 1999 prometia, afinal de contas o campeonato
anterior foi um grande sucesso. Com clubes ainda mais fortes, mas tinha um problema que diferente do anterior não havia mais o campeonato de
segundo quadro. Mesmo assim o campeonato iniciou bem com destaque para a
jovem equipe do Primu's composto por jogadores na sua
maioria sub 20, o 15 de Agosto vinha com grande força para
ganhar outro título.
Essas equipes vinham liderando a competição, entretanto
devido a brigas, discussões, houve inclusive denúncias de
ameaças de morte de gente sacando arma de fogo.
Isso aconteceu no jogo 16 de Agosto x São José, é isso
mesmo que eu falei 16 de Agosto, este foi o nome do segundo
quadro do 15 de Agosto, em 1999. Neste ano resolveu
colocar o segundo quadro para participar do campeonato
municipal.
A briga foi generalizada, envolveu bastante gente, faltou
quem sabe um melhor planejamento.
O campeonato foi encerrado, e aplica a jurisprudência do
Torneio Rio-São Paulo 1966, os times empatados na
liderança ficam com o título. Neste caso 15 de Agosto e
Primu's dividem o título.
Em 2008 o 15 de Agosto foi vice-campeão da Copa União (foto abaixo)
