A unificação do Campeonato Gaúcho
A Federação Rio-Grandense de Futebol (logo ao lado, do ano de 1948) resolveu modificar o formato de disputa do Campeonato a partir de 1961, criando as divisões, com acesso e descenso.
O primeiro campeonato (da elite) teve a participação de 12 clubes: Grêmio, Internacional, Cruzeiro, São José, Pelotas, Farroupilha, Rio-Grandense de Rio Grande, Guarany de Bagé, Juventude, Flamengo (atual Caxias), Floriano (atual Novo Hamburgo) e Aimoré de São Leopoldo.
O Internacional, com a velocidade do ponteiro-direito Cláudio Adão Weiss, o Sapiranga, surpreendeu e conquistou o título com uma rodada de antecipação, com uma vitória sobre o Pelotas, no estádio da Boca do Lobo, por 2 a 1, de virada, com dois gols de Gilberto Andrade, no dia 3 de dezembro.
Clubes em Competições Nacionais
Com a criação do campeonato nacional de clubes, em 1971, vários clubes do estado passaram a disputar a competição. Porém o Internacional, campeão em 1975, 1976 e 1979 é o único que conquistou de forma invicta o campeonato brasileiro. Em 1979, o time treinado por Ênio Vargas de Andrade, foi campeão disputando 23 partidas, ganhou 16, empatou sete e não perdeu nenhuma. O time-base tinha Benitez; João Carlos, Mauro Pastor, Mauro Galvão e Cláudio Mineiro; Batista, Jair e Falcão; Valdomiro, Bira e Mário Sérgio.
O Grêmio, maior adversário do Inter, é o segundo maior vencedor da Copa do Brasil com cinco títulos, um a menos que o Cruzeiro/MG.
O Juventude, de Caxias do Sul, é o único clube do interior gaúcho a conquistar uma competição nacional de elite no futebol brasileiro: a Copa do Brasil de 1999. É também o único a somar titulos de outros níveis, vencendo o Brasileiro da Série B de 1994.
O interior e o campeonato brasileiro da Série A
O futebol gaúcho, desde 1976, teve outros representantes, além da dupla Gre-Nal, nas disputas nacionais. O precursor, além de Grêmio e Inter, foi o Caxias, em 1976.
O Rio Grande do Sul brigava, desde 1970, por mais uma vaga no Nacional. A CBD, desde 1971 prometia a terceira vaga. Antônio do Passo, vice-presidente da entidade, chegou a anunciar que o Cruzeiro, de Porto Alegre, seria o terceiro clube gaúcho no Brasileirão de 1974. A informação da CBD gerou um impasse no Rio Grande do Sul e revoltou os clubes do interior, principalmente em Bento Gonçalves e Caxias do Sul, pois o Cruzeiro havia pedido licença e fechado, temporariamente, o seu departamento de futebol profissional em janeiro do ano anterior. Mesmo assim, comunicado pela CBD, o Cruzeiro contratou o técnico Sérgio Moacir Torres Nunes e começou a buscar jogadores, mas os protestos dos dirigentes dos clubes do interior deram resultado e o Cruzeiro foi impedido de disputar o Nacional.
Somente em 1976, com o Caxias, é que a CBD confirmou mais um Gaúcho. Na estréia, o Caxias honrou a tradição gaúcha e mostrou que o Estado já merecia a terceira vaga. Com Bagatini; Norival, Cedenir, Luís Felipe Scolari, Clóvis Duarte, Nana, Bebeto, Zezinho, e outros excelentes jogadores, o Caxias fez ótima campanha e chegou a ganhar do Inter, por 2 a 1.
O Juventude estreou em 1977 e o Brasil, de Pelotas, no ano seguinte. O São Paulo, de Rio Grande, treinado por Ernesto Guedes, em 1979, o Novo Hamburgo e o Inter de Santa Maria, em 1981, também fizeram excelentes campanhas. No Inter-S.M. os destaques eram os zagueiros Roberto e Donga, o meia Valdo, os ponteiros Guinga e Toninho e o centroavante Nei.
Dos clubes do interior, o que mais chegou perto do título brasileiro foi o Brasil de Pelotas, que ficou com a terceira colocação em 1985.
Todos os ecudos da FGF Pela ordem: Logo da Federação Gaúcha de Futebol em 1948; divulgado no site da federação em 2016 e em Janeiro/2021.