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O Palmeiras foi campeão da Libertadores no Maracanã depois de 21 anos de jejum. Agora luta pelo bi
Imagem de Pexels por Pixabay

O Palmeiras foi campeão da Libertadores no Maracanã depois de 21 anos de jejum. Agora luta pelo bi

O Palmeiras está firme e forte na luta por algo que só dois times brasileiros conseguiram na sua história e nenhum clube do continente sul-americano conquistou em quase duas décadas. O bicampeonato da Libertadores é um feito que poucos podem bater no peito e dizer que conseguiram.

O Verdão sem dúvidas é um dos favoritos nas casas de apostas 2021 por quase não ter perdido nenhuma peça e ainda reforçando seu elenco. O treinador Abel Ferreira também continuou e o time fez uma excelente campanha na fase de grupos. Nas oitavas não houve brilho, mas a classificação contra a Universidad Catolica do Chile veio sem sustos.

Nas odds de longo prazo só o Flamengo está no mesmo patamar, pagando 3 para 1 ou por volta disso, ou até um pouco acima, já que os cruzamentos são mais simples até a grande final, que será disputada no Uruguai. O Palmeiras e o River Plate, que podem se encontrar nas semis, estão em um patamar um pouco abaixo, assim como o Atlético-MG, todos pagando 5 para 1 ou pouco mais.

A busca pelo bi
Logo de cara o Santos de Pelé teve um bi, batendo Peñarol e Boca Juniors em 1962 e 1963 em suas duas primeiras conquistas da competição. Depois disso, os títulos continentais não foram tão comuns: o Cruzeiro ganhou nos anos 70, o Flamengo em 1981 e o Grêmio em 1983.

Foi o São Paulo que conseguiu um bicampeonato seguido, vencendo em 1992 e 1993 com Telê Santana, Raí e uma equipe espetacular que também bateu o Barcelona e Milan nas finais da Copa Intercontinental. O feito na Libertadores poderia ter sido ainda maior, mas o time perdeu na final para o Velez Sarsfield nos pênaltis, na busca pelo tri.

O final dos anos 90 e os anos 2000 foram de muitas conquistas brasileiras, mas sempre variando bastante os clubes. O São Paulo conquistou o tri em 2005, mas bateu na trave em 2006 contra o Internacional. Entre 2010 e 2020 foram sete times diferentes vencendo uma vez: Inter, Santos, Corinthians, Atlético-MG, Grêmio, Flamengo e Palmeiras.

O Palmeiras foi uma das equipes que bateu na trave no bi seguido, tendo vencido em 1999 mas perdeu em 2000 para o Boca Juniors em uma decisão polêmica.

O Boca, aliás, foi a última equipe que conseguiu o feito de ter duas conquistas em sequência, em 2000 contra o Palmeiras e 2001 contra o Cruz Azul. A equipe ainda venceria em 2003 contra o Santos.

A Libertadores é uma competição com poucas repetições em seus 60 anos de história. Depois de três “bis” seguidos de Peñarol (60 e 61), Santos (62 e 63) e Independiente (64 e 65), tivemos o Boca em 1977 e 1978 como o último bi citado nesta lista.

Mas, claro, não podemos esquecer das sequências maiores. O Independiente, que é não vence desde 1984, é hepta e líder na lista de títulos muito pelo seu tetra de 1972 a 1975. O histórico Estudiantes em 1969, 1969 e 1970 também precisa ser lembrado.

Possibilidades de hegemonia
Comparado com a Liga dos Campeões da Europa, não há tantos países na disputa e as variações nas economias é refletida em campo. O Brasil é hegemônico na América do Sul pelo investimento muito maior dos clubes, inclusive contratando jogadores sul-americanos.

Não à toa o futebol do Uruguai que era tão forte tornou-se completamente coadjuvante. O Olimpia do Paraguai também não tem o mesmo poder de outras eras e desde a conquista da LDU de Quito em 2008, houve apenas um time campeão que não era do Brasil ou Argentina: o Atlético Nacional em 2016.

O maior rival do Brasil nos últimos anos foi o River Plate, que também não briga financeiramente com Flamengo e Palmeiras, por exemplo, mas tem um excelente trabalho do treinador Marcelo Gallardo. Com isso tem dois títulos desde 2015, uma final que por pouco não se tornou mais uma conquista (em 2019) e mais duas semifinais disputadas, em 2020 e 2017.

O Palmeiras tenta ser mais frequente nas fases decisivas e veremos se Abel Ferreira consegue construir um trabalho de anos. Se bem que para o torcedor palmeirense não faz tanta diferença um novo treinador ter chegado no meio da campanha continental, o que importa é o título no fim.


Por Sidney Barbosa da Silva
Página adicionada em 11/Agosto/2021.