FUNDAÇÃO
O Boca Juniors foi fundado no dia 03 de abril de 1905, quando cinco jovens moradores do bairro da Boca (Esteban Baglietto, Alfredo Scarpatti, Santiago Sana e os irmãos Juan e Teodoro Farenga) se reuniram no Plaza Solis com o propósito de fundar um clube.
Sem nunca imaginar, este grupo de imigrantes italianos escreveram os primeiros parágrafos da rica história do clube mais popular da Argentina.
O nome escolhido foi o do bairro, acrescentando a palavra "Juniors", termo inglês, que dava à denominação Boca, um prestígio a mais, por ser o bairro um reduto "difícil".
A primeira partida do clube foi um amistoso contra a equipe denominada Mariano Moreno, no dia 21 de abril de 1905, e vencido pelo Boca pelo placar de 4 a 0. Em competições, a primeira partida foi pela Copa Villa Lobos, em 06/Agosto/1905: Boca 5 x 0 Instituto de Franc, na casa do adversário. Neste ano (1905) o Boca realizaou 16 partidas, com 5 vitórias, 2 empates e 9 derrotas; fêz 22 gols e sofreu 38.
Durante os primeiros anos de vida, o Boca Juniors usou diferentes modelos de camisas, que foram variando permanentemente até se chegar a clássica azul e amarela que todos conhecem.
A primeira foi de cor celeste, logo depois se utilizou uma de cor preta e branca com listras verticais. Em 1907 foi decidido adotar as cores azul e amarela, tirados da bandeira de um navio sueco, que estava "estacionado" nas águas no cais do porto de Buenos Aires.
Primeiro Uniforme e a camisa utilizada em 2006
O primeiro título do clube veio em 1919 e brilharam jogadores que criaram a história da garra xeneize, como o arqueiro Américo Tesoriere, o estandarte Pedro Calomino e um puro coração como Alfredo Garassino. Em La Boca, estádio com arquibancada de madeira, chegaram os primeiros êxistos de uma década dourada como foi a de 20, sendo seis titulos da primeira divisão (1919, 1920, 1923, 1924 e 1926), mais tres Copas Carlos Ibarguren (1919, 1923 e 1924), Copa Competencia (1919 e 1925), Copa de Honor (1920) e a Copa Estímulo (1926).
Em 07 de junho de 1942 aplicou a maior goleada de sua história, ao vencer o Tigre por 11 a 1, no campo do Boca, pelo campeonato daquele ano. O Boca jogou com Juan Alberto ESTRADA, Luis Guillermo LAIDLAW, Victor Miguel VALUSSI, Carlos Adolfo SOSA, Ernesto LAZZATTI, Carlos Alfredo ZÁRRAGA, Marcial BARRIOS, Pío Sixto CORCUERA, Angel Ricardo LAFERRARA, Roque Pinimondo VALSECCHI e Julio Jorge ROSELL. O treinador era Oscar Tarrío. Os gols da partida foram de Corcuera, aos 6; Laferrara aos 9, Zárraga (de pênalti) aos 27, Barrios aos 34, Rosell aos 35, Barrios aos 44, Rosell aos 46, Barrios aos 61, Valsecchi aos 83, Laferrara aos 85, Lazarte, para o Tigre, aos 86, e Rosell aos 89 minutos. O árbitro foi Molinari.
Em mais de cem anos de história, vestiram a camisa azul e ouro, um grande número de jogadores que se transformaram em idolos, tais como: Francisco Varallo, Mario Boyé, Angel Clemente Rojas, Hugo Gatti, Diego Maradona, Gabriel Batistuta, Carlitos Tevez (ex-Corinthians) e tantos outros.
Dentre os brasileiros, Paulo Valentim ex-ídolo do Botafogo/RJ, jogou por cinco anos no clube. Ele se tornou o maior artilheiro nos clássicos contra o maior rival do Boca - o River Plate. Além de Paulo Valentim, os brasileiros que mais fizeram sucesso no clube foram: Almir Penambuquinho (ex-Corinthians), Del Vecchio (ex-Santos) e Domingos da Guia (ex-Vasco da Gama).
Maradona foi o maior idolo da história do clube. Chegou em 1981, vindo do Argentinos Juniors, com 19 anos por empréstimo - 4 milhões de dólares e mais seis jogadores foi quanto custou - Meses depois foi vendido ao FC Barcelona da Espanha. O Boca Juniors foi seu clube de coração e lá encerrou a carreira.
É um dos clubes com mais títulos internacionais no mundo, tendo como maior conquista a Copa Intercontinental, vencida por três vezes: em 1977 contra o Borussia M'gladbach (2x2 e 3x0); 2000 contra o Real Madrid (2x1); e 2003 contra o Milan (1x1), vencendo nos penais por 3 a 1. É ainda o segundo maior campeão da Copa Libertadores, com seis títulos. Sua última conquista foi em 2007, vencendo o Grêmio nos dois jogos da final (2x0 e 3x0). Some-se a estes a Copa Sulamericana (dois títulos), Recopa Sulamericana (quatro), Supercopa Libertadores, Copa Master e Copa de Ouro por uma vez.
ESCUDOSAo longo da história o Boca Juniors teve cinco escudos com desenhos diferentes. O escudo, como a bandeira e a camisa, são os símbolos mais importantes do clube. São a identidade e o nome próprio de uma história que tem mais de cem anos, sendo conhecida em todos os cantos do planeta. Em 1911 é criado um escudo, de forma arredondada, para ser utilizado em folhas de papel timbrado; É provavelmente o primeiro escudo oficial. Foi usado até 1914.
O segundo aparece em 1915 e é o escudo mais difundido. Desde 1932 sofre uma alteração com a adição de estrelas. É usado com o acrônimo "CABJ" e, como uma exceção, como segue: "C. A. Boca Juniors" e "Boca Juniors".
Por uma resolução de 18 de outubro de 1932, o escudo deve levar estrelas para cada campeonato da Primeira Divisão que conquistou (e pode conquistar no futuro).
Desde então, uma série de objetos boquenses tem usado um distintivo com estrelas. Em memórias e balanços institucionais, aparece apenas em 1943. Este emblema é imposto à camisa em 1977 (apenas em uma partida), e continuamente desde 1993.
Isso está expresso no Artigo 4 do Estatuto: "O escudo será adornado com estrelas representativas de cada campeonato obtido por seu primeiro time de futebol e por eventos esportivos que, por sua importância, podem ser equiparados. Cada estrela que é adicionada ao escudo deve ser aprovada pela Assembléia de Representantes ".
O atual (Outubro/2018) entrou em vigor a partir de 1996. Foi projetado durante a primeira gestão de Mauricio Macri.
A faixa amarela foi substituída pela sigla "CABJ" na mesma cor. Em fevereiro de 2018, o escudo tem 66 estrelas.
ESTÁDIO "LA BOMBONERA"Nome oficial: Estádio Alberto Jacinto Armando
Inaugurado em 25 de maio de 1940 na presidencia de Eduardo Sanchez, no amistoso contra o San Lorenzo, com vitória do Boca por 2 a 0 (gols de Ricardo Alarcón e Anibal Tenorio). A primeira partida oficial realizada no novo estádio foi em 02 de junho de 1940 contra o Newell's Old Boys - vitória também por 2 a 0 - com gols de Ricardo Alarcón e Bernardo Gandulla.
A "La Bombonera", antes de se chamar Alberto J. Armando em 2002, chamava-se Dr. Camilo Cichero (1986 a 2002). Sua capacidade é de 54.000 espectadores (Setembro/2022).
Curiosidade: "La Bombonera" foi construído em uma área muito pequena. Por isso, suas dependências tiveram de ser ampliadas verticalmente. Não deu outra: os torcedores passaram a compará-la a uma caixa de bombons. Daí o apelido.