Dejan Petkovic nasceu em 1972, em Madjnek, na Sérvia. O meio-campista teve uma bela trajetória no futebol, principalmente atuando por clubes brasileiros.
Início
Revelado pelo Radnicki Niš da Sérvia, Petkovic chamou a atenção dos olhares ao redor do mundo atuando pelo Estrela Vermelha, de Belgrado, capital da então Iugoslávia. Sua estreia no time de Belgrado ocorreu em 1991, e, logo no primeiro ano sagrou-se campeão do campeonato e da taça nacional. O que chamava mais atenção no seu jogo era sua inteligência dentro de campo, a capacidade de ser ambidestro e ótimo aproveitamento nas cobranças de bola parada.
Com belas atuações e títulos conquistados pelo Estrela Vermelha, em 1995 o sérvio recebeu uma proposta de excelente magnitude, jogar pelo Real Madrid, um dos clubes mais influentes do planeta. Entretanto,
Petkovic não obteve sucesso na equipe merengue e foi emprestado duas vezes, uma para o Racing Santander e a outra para o Sevilha.
Chegada ao Brasil e transferência para Itália
Sem espaço no clube espanhol, em 1997 Petkovic recebeu uma proposta de um clube brasileiro, o Vitória, da Bahia. O jogador ficou conhecido por parte dos dirigentes do Vitória após um amistoso da equipe contra o Real Madrid B. No Brasil, Petkovic começou a reencontrar o bom futebol que jogava no seu país de origem. Atuando pelo Vitória, suas jogadas e habilidade chamaram a atenção do público brasileiro. Pela equipe baiana, o sérvio conquistou a Copa Nordeste em 1999 e marcou 59 gols em 90 jogos.
Após a passagem de sucesso pelo Vitória, Petkovic resolveu voltar para Europa, dessa vez para um time de pouca expressão no continente europeu, o Venezia, da Itália. O Sérvio atuou por 13 partidas e anotou apenas um gol, sem sucesso no futebol italiano.
Sucesso no Flamengo
Em 2000, voltou novamente para onde havia feito sucesso um ano antes, o Brasil. A proposta era atraente, jogar pelo clube de maior torcida no país, o Flamengo.
Sua trajetória pelo clube carioca foi de maior destaque, conquistando títulos importantes. O gol que mais ficou marcado no clube foi na final do campeonato carioca de 2001, disputada contra o Vasco. Aos 43 minutos do segundo tempo, o Flamengo ganhava o jogo por 2 a 1, porém, necessitava de mais um gol para sagrar-se campeão. Naquela oportunidade, surgiu uma falta na entrada da área para Petkovic cobrar, sua maior especialidade.
A cobrança foi perfeita, sem chances para o goleiro Helton. A partir deste momento, o sérvio tornou-se, de vez, ídolo do Flamengo.
Passagem por diversos clubes e título inesquecível
Logo em seguida, em 2002, Petkovic se transferiu, surpreendentemente para o maior rival da equipe rubro-negra, o Vasco. Após não brilhar tanto pelo Vasco, o sérvio se transferiu para o futebol chinês e passou também pela Arábia Saudita.
Em 2006, Pet voltou novamente para o futebol brasileiro, dessa vez para o Fluminense. Ele conseguiu boas exibições, no entanto, sem títulos. Já na fase final da carreira, ainda passou por Goiás, Santos, Atlético Mineiro e encerrou sua passagem no futebol de forma épica no Flamengo, com um papel importante na conquista do campeonato brasileiro de 2009.
Curiosidades
Fora dos gramados, Petkovic é formado em enfermagem (curso concluído na Sérvia), empresário e atualmente técnico de futebol — o último clube que treinou foi o Sampaio Corrêa, em 2016. Além do futebol, um dos esportes prediletos do sérvio é o poker, e em 2014 ele participou do Desafio das Estrelas do BSOP Millions,
torneio que reuniu várias personalidades do esporte brasileiro.
Como empresário ele investe em imóveis, é dono de pizzaria e também já atuou dando palestras motivacionais. Além da passagem pelo Sampaio Corrêa, o sérvio treinou Atlético Paranaense (sub-23) e Criciúma.
Despedida
Aos 39 anos, Petkovic jogou a última temporada da carreira pelo Flamengo (2011). A última partida do ídolo no futebol profissional aconteceu no clássico diante do Corinthians, com o Maracanã que recebeu 42 mil pessoas para homenagear o sérvio. Petkovic foi ovacionado pela torcida rubro-negra, e recebeu uma placa comemorativa da então presidente do Flamengo, Patrícia Amorim.