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Crianças e adolescentes possuem necessidades nutricionais específicas e embora as principais condutas da nutrição esportiva sejam parecidas a dos adultos, há importantes diferenças a serem lembradas. Devido ao fato de ser o esporte mais popular no Brasil, muitas crianças e adolescentes praticam o futebol e, até mesmo, vão para escolas profissionalizantes e grandes clubes antes de atingir 18 anos, por isso, a nutrição nessa população deve receber atenção especial.

Uma adequada ingestão dietética é importante para manter o crescimento, saúde e maturação, assim como diminuir riscos de lesões e melhorar a performance nos treinos e jogos dos jovens atletas.

ENERGIA » Fundamental para o crescimento, saúde, manutenção do peso e atividade física diária. Uma baixa ingestão de energia cronicamente pode resultar em menor estatura, atraso na puberdade, pobre saúde óssea e maior risco de lesões. Se algum jogador necessitar perder peso, o acompanhamento deve ser feito por um nutricionista, afinal, uma redução muito drástica de calorias e/ou sem acompanhamento, poderá trazer muitos prejuízos ao seu desenvolvimento. Dicas: os jogadores não devem pular refeições, seguir dietas muito restritas e/ou vegetarianas, passar fome e/ou treinar em jejum.

CARBOIDRATOS » O estoque de glicogênio é menor em crianças do que em adultos, mas, mesmo assim, a necessidade de carboidrato é menor (cerca de 5g/kg/dia). Deve-se evitar o consumo de carboidratos refinados, pois estes aumentam os riscos de obesidade e cáries dentárias nas crianças e adolescentes. Durante o exercício, as bebidas devem ter no máximo 6% de carboidratos para não causar desconforto gástrico.

GORDURAS » Crianças são mais aeróbias do que adultos (oxidam mais gorduras durante o exercício), mas não é por isso que devem consumir mais gorduras. Dietas muito ricas em gorduras antes da atividade diminuem até 40% do GH. O consumo de gorduras deve ficar entre 25-35% do valor energético total.

PROTEÍNAS » Crianças e adolescentes possuem maior necessidades de proteínas, devido ao crescimento. Um consumo ideal gira em torno de 1,7-2,0g/kg/dia. Preferir fontes magras.

CÁLCIO » O cálcio deve ser adequado na dieta para promover um ótimo crescimento ósseo e dental. Se a ingestão de cálcio for insuficiente, ocorrerá deficiência na formação e calcificação dos ossos, aumentando riscos de fraturas.

HIDRATAÇÃO » Crianças desidratam muito mais facilmente do que adultos, então, a ingestão de líquidos antes, durante e após os exercícios é prioridade. Crianças mostram uma maior elevação na temperatura corporal central, porém, menor perda de sódio no suor. De qualquer forma, as bebidas ingeridas devem conter sódio, pois senão, o excesso de água irá diluir o sódio do organismo e causar hiponatremia – baixo sódio no sangue (mais fácil de ocorrer em crianças e adolescentes).

Sendo assim, os jovens futebolistas necessitam de um acompanhamento individualizado para que não sofram conseqüências no futuro e mostrem melhor desempenho no início de suas atividades no futebol. Então, escolas de futebol, núcleos profissionalizantes e clubes com atletas menores do que 18 anos, devem manter parcerias com nutricionistas para que a saúde e performance da garotada sejam garantidas.


REFERÊNCIAS:

MEYER F, O’CONNOR H, SHIRREFFS SM. Nutrition for the young athlete. Journal of Sports Sciences; 25(S1), S73-S82, 2007.
FIFA/F-MARC. Nutrition for football: the FIFA/F-MARC Consensus Conference. Journal of Sports Sciences, July 2006; 24(7): 663-664.
BARROS, Turíbio L, GUERRA, Isabela. Ciência do futebol. Editora Manole, 2004.

(*) Giovana Guido (CRN3 21630) , Nutricionista graduada pela Universidade São Judas Tadeu, com especialização em Nutrição Clínica pela Universidade Gama Filho e atualmente cursando Nutrição Esportiva também pela Gama Filho.
Blog: http://nutricionistagiovanaguido.wordpress.com. Publicado em 08/Outubro/2010.